Saúde

Japão registra número recorde de casos da ‘bactéria devoradora de carne’

A enfermidade avança rapidamente, apresentando uma taxa de mortalidade em torno de 30%.

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Tóquio, Japão — O Japão enfrenta uma situação alarmante, com um aumento sem precedentes no número de casos de uma doença infecciosa causada por estreptococos beta-hemolíticos do grupo A, comumente conhecida como a “bactéria devoradora de carne”.

De acordo com informações do jornal Asahi, o país registrou um recorde no ano passado, com 941 casos reportados, representando o maior número desde o início dos registros em 1999.

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Esse dado ultrapassa o recorde anterior, registrado em 2019, com 894 casos.

A doença, tecnicamente denominada “gekishougata youketsusei rensa kyuukin kansenshou,” é conhecida por sua rápida progressão e possui uma taxa de mortalidade alarmante de aproximadamente 30%.

A preocupação crescente está relacionada à identificação de cepas mais virulentas e infecciosas no Japão, levando o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar a solicitar às autoridades locais que analisassem amostras coletadas dos pacientes.

Os sintomas iniciais da infecção incluem dor de garganta, febre, diarreia, vômito e fadiga.

No entanto, a gravidade da doença pode evoluir rapidamente, resultando em falência de múltiplos órgãos e insuficiência respiratória, levando à morte em questão de horas.

A “bactéria devoradora de carne” recebe seu nome devido à sua agressividade, destruindo os tecidos ao redor dos músculos.

É preocupante notar que, embora a bactéria seja conhecida por causar faringite em crianças, ela pode se tornar severa em pessoas de qualquer idade, especialmente em adultos mais velhos.

Os dados revelam um aumento nas mortes de pessoas com menos de 50 anos, com 21 das 65 pessoas infectadas nessa faixa etária falecendo entre julho e meados de dezembro de 2023.

As rotas de infecção ainda são, na maioria, desconhecidas, mas a transmissão ocorre geralmente por meio do contato com feridas nas mãos e pés dos pacientes.

Diante dessa situação, o professor Takashi Nakano, especialista em doenças infecciosas da Kawasaki Medical School, destaca a importância de medidas preventivas padrão, como a prática regular de lavar as mãos e manter as feridas limpas.

A população japonesa é instada a ficar atenta aos sintomas, buscar assistência médica imediata em caso de suspeita e adotar medidas preventivas rigorosas para conter a propagação dessa perigosa infecção.

Foto: Reprodução/Instituto Nacional de Doenças Infecciosas

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