Política

Pesquisa: 58% dos eleitores desejam renúncia do primeiro-ministro Fumio Kishida

Escândalo de dinheiro não declarado leva taxa de aprovação do governo a atingir 23%, revela pesquisa

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Tóquio, Japão — Uma pesquisa conduzida pelo jornal Asahi revelou que a taxa de aprovação do governo do primeiro-ministro Fumio Kishida atingiu seu ponto mais baixo, alcançando apenas 23%.

om quase 60% dos eleitores pedindo a renúncia do premiê, o índice é o mais baixo desde que o Partido Liberal Democrático (PLD) de Kishida assumiu o poder em dezembro de 2012.

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A taxa de desaprovação, por sua vez, atingiu 66%, o patamar mais elevado registrado até o momento.

A pesquisa, realizada nos dias 16 a 17 de dezembro, ocorreu após Kishida substituir quatro ministros da facção liderada por Shinzo Abe, em meio a suspeitas de distribuição não declarada de cerca de 500 milhões de ienes (3,5 milhões de dólares) em receitas partidárias aos legisladores nos últimos cinco anos.

O escândalo afetou a imagem do governo, com 74% dos entrevistados desaprovando a maneira como Kishida lidou com a situação, enquanto apenas 16% o avaliaram positivamente.

Após a revelação do caso, líderes do PLD concordaram em suspender temporariamente as festas para angariar fundos.

Embora Kishida tenha renunciado ao cargo de chefe da facção do PLD no dia 7 deste mês, 58% dos eleitores na pesquisa manifestaram o desejo de que o primeiro-ministro deixe o cargo o mais rápido possível, enquanto apenas 28% preferem que ele permaneça.

A pesquisa também revelou que, apesar do descontentamento com o PLD, os eleitores não depositam confiança nas siglas de oposição.

Setenta e oito por cento dos entrevistados não acreditam que a oposição possa ser uma “força de contrapeso ao PLD”, enquanto apenas 15% mantêm essa expectativa.

O escândalo de fundos não é novidade para o PLD, que já enfrentou situações semelhantes nas décadas de 1970 e 1980.

A pesquisa foi realizada por meio de ligações para números de telefone gerados aleatoriamente, resultando em 472 respostas válidas de eleitores com telefone fixo (48% do total) e 664 contatados por celular (39%).

Foto: Getty Images

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