São Paulo — Um brasileiro de 34 anos, identificado como Anderson Robson Barbosa, tornou-se o foco de uma investigação internacional após ser preso pela Polícia Federal na semana passada, na cidade de São Paulo.
As autoridades japonesas o acusam de ser o principal suspeito do brutal assassinato de sua esposa japonesa, Manami Aramaki, de 29 anos, e sua filha Lily, de apenas 3 anos, em Sakai, na província de Osaka.
Segundo informações obtidas através de entrevistas conduzidas pela agência de notícias Jiji Press, Anderson Barbosa viveu recluso em um apartamento na região central de Bela Vista, temendo ser identificado pelas autoridades brasileiras.
Durante as entrevistas, pessoas relacionadas ao prédio de apartamentos onde ele morava relataram que o brasileiro parecia extremamente abatido e cansado de “fugir”, chegando a dizer que sua vida havia acabado.
O crime ocorreu em 24 de agosto do ano passado, quando Manami e Lily foram encontradas mortas em seu apartamento, apresentando múltiplas perfurações, especialmente na região superior dos corpos.
Logo após o crime, a polícia de Osaka incluiu Anderson Robson Barbosa na lista de procurados internacionais e descobriu que ele havia fugido do Japão.
De acordo com testemunhas, Barbosa passava a maioria do tempo dentro do apartamento em São Paulo, saindo apenas para passear com seu cão de estimação. Relatos indicam que ele parecia emocionalmente instável, chorando frequentemente.
Cerca de um mês antes de sua prisão, uma brasileira de 27 anos, natural de Aichi, afirmou ser sua “namorada” e passou a viver com ele.
Apesar de estar sob custódia no Brasil, não existe um tratado de extradição entre o país sul-americano e o Japão, impedindo a sua entrega às autoridades japonesas. No entanto, as autoridades japonesas pretendem buscar o julgamento do suspeito segundo as leis brasileiras, enviando todos os documentos, provas e informações necessárias para abrir um processo criminal.
Após sua prisão em São Paulo, Anderson Robson Barbosa foi transferido para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR), uma vez que ele é natural do Paraná. A família das vítimas no Japão busca agora respostas e aguarda o desenvolvimento das investigações para que a justiça seja feita.
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