Hong Kong – Em resposta à decisão de Tóquio de liberar água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima no mar, o departamento de meio ambiente e ecologia de Hong Kong anunciou a proibição de importações de frutos do mar de 10 províncias japonesas. Tse Chin-wan, Secretário de Meio Ambiente e Ecologia, expressou preocupações com o possível impacto na segurança alimentar de Hong Kong.
A proibição abrange vários produtos aquáticos, incluindo frutos do mar vivos, congelados, refrigerados, secos e preservados, sal marinho e algas marinhas não processadas e processadas.
Essa medida segue a declaração recente do líder de Hong Kong, John Lee, onde ele revelou a intenção da cidade de proibir produtos marinhos de um “grande número” de províncias japonesas caso o plano de descarte da água fosse adiante.
Hong Kong, sendo o segundo maior mercado do Japão para exportações agrícolas e pesqueiras, possui uma importância econômica significativa.
De acordo com estatísticas do governo japonês de 2022, Hong Kong importou produtos pesqueiros no valor de 75,5 bilhões de ienes (536 milhões de dólares) do Japão. O impacto potencial dessa proibição na economia da região ainda está por ser determinado.
A decisão do Japão de liberar a água radioativa tratada tem enfrentado oposição tanto interna quanto internacional, principalmente devido a preocupações com a segurança alimentar. No entanto, o governo japonês afirma que as liberações serão feitas de acordo com os padrões globais e não representarão riscos.
Na quarta-feira, o Ministério das Relações Exteriores de Tóquio revelou que fez um forte pedido às autoridades de Hong Kong para que não imponham restrições mais rigorosas às importações de alimentos do Japão.
O ministério enfatizou que o Japão implementou um sistema rigoroso para garantir a segurança alimentar. Tse e o secretário-chefe Eric Chan também discutiram a questão com o cônsul-geral japonês em Hong Kong, destacando o compromisso do governo em manter os padrões de segurança alimentar.
A proibição das importações de frutos do mar afetará várias províncias japonesas, incluindo Tóquio, Fukushima, Chiba, Tochigi, Ibaraki, Gunma, Miyagi, Niigata, Nagano e Saitama.
O departamento de meio ambiente e ecologia de Hong Kong tem como objetivo proteger a saúde pública por meio dessas medidas até que avaliações adicionais possam ser feitas em relação à segurança dos frutos do mar das regiões afetadas.
Foto: REUTERS/Kim Hong-Ji
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