Tóquio, Japão — A Agência Nacional de Polícia do Japão está analisando a possibilidade de aumentar a velocidade máxima permitida para caminhões grandes nas rodovias expressas, de acordo com informações divulgadas pelo jornal Asahi nesta quinta-feira (13).
Buscando soluções para a escassez de motoristas de caminhão, a questão central é se a segurança poderá ser mantida ao mesmo tempo em que o tempo de transporte é reduzido.
Com o objetivo de explorar essa possibilidade, a agência anunciou a formação de um painel de especialistas que discutirá o aumento da velocidade e qual seria o novo limite.
Atualmente, a velocidade máxima permitida para carros em rodovias é de 100 km/h, segundo o Código de Trânsito Rodoviário. Porém, caminhões e outros veículos de grande porte estão limitados a 80 km/h.
Cabe ressaltar que a velocidade máxima pode ser estabelecida de forma independente e individualizada pela Comissão de Segurança Pública de cada província, a qual define “velocidades especificadas” considerando as condições das estradas.
Em 2016, foi decidido que a velocidade máxima para carros de passeio poderia ser aumentada para até 120 km/h sob certas condições.
Segundo a Agência Nacional de Polícia, até o final de 2022, a velocidade máxima foi estabelecida em 110 km/h ou 120 km/h em 12 seções específicas das rodovias Shin-Tomei, Tohoku e Higashi-Kanto, totalizando 456,5 km. Essas seções correspondem a aproximadamente 2% de todas as vias expressas no Japão.
Por outro lado, a velocidade máxima para caminhões tem sido de 80 km/h nos últimos 60 anos, desde que o limite foi estabelecido pelo Código de Trânsito Rodoviário em 1963. Mesmo nas 12 seções em que a velocidade máxima para carros foi aumentada, o limite para veículos de grande porte permaneceu em 80 km/h.
O movimento para aumentar a velocidade máxima também abrange os caminhões, em parte devido à regulamentação das horas extras de trabalho dos motoristas de caminhão, que entrará em vigor em abril do próximo ano.
A escassez de motoristas tem se agravado, gerando preocupações de que a logística possa ser comprometida. O aumento da velocidade máxima foi incluído nas medidas governamentais, pois poderia aumentar a eficiência do transporte. No entanto, sindicatos levantam preocupações relacionadas à segurança nesse contexto.
Foto: AC
