Um tribunal japonês condenou nesta quarta-feira (14), um homem que se recusou a usar uma máscara facial a bordo de um voo da Peach Aviation como medida para impedir a propagação do COVID-19 a dois anos de prisão, por fazer com que a aeronave fizesse um voo não programado pouso para retirar o passageiro.
O Tribunal Distrital de Osaka considerou Junya Okuno, 36, culpado de obstruir a operação do avião. Ele levantou a voz pedindo desculpas a outro passageiro durante o voo do aeroporto de Kushiro em Hokkaido em setembro de 2020, alegando que foi insultado por se recusar a usar máscara, segundo a decisão.
Uma comissária de bordo torceu o braço depois de tentar dar ao homem, que é ex-funcionário da Meiji Gakuin University, um pedaço de papel que pedia que ele não impedisse a segurança do voo.
“É um crime causado por suas crenças adeptas e suas atitudes mostram que ele refletiu pouco sobre suas ações”, disse o juiz Jun Oyori.
Segundo a reportagem da Kyodo News, após a decisão, Okuno, que compareceu ao tribunal sem máscara, aproximou-se do juiz, gritando “Isso é como uma caça às bruxas na Idade Média. Sou inocente e esta é uma acusação falsa.”
O voo operado pela Peach Aviation, subsidiária da ANA Holdings Inc., chegou ao destino no aeroporto de Kansai, na província de Osaka, oeste do Japão, com cerca de duas horas e 15 minutos de atraso.
Seu advogado de defesa argumentou que ele era inocente, dizendo que sua ação não obstruía a segurança do voo.
De acordo com a decisão, em abril de 2021, Okuno se recusou a usar máscara em um restaurante em Tateyama, na província de Chiba, leste do Japão, e foi preso após bater no rosto de um policial que havia chegado após uma ligação de emergência.
