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Novo imposto: Japão anuncia plano de cobrar mensalmente ¥500 por pessoa a partir de 2026

Isso gerou críticas da oposição, que considera a medida um "aumento de impostos disfarçado".

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Tóquio, Japão — Em uma tentativa de enfrentar o declínio preocupante na taxa de natalidade do país, o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, revelou planos para a criação de um “sistema de apoio financeiro” durante um pronunciamento transmitido pela emissora TBS na quarta-feira (7).

Segundo as informações divulgadas, o novo sistema prevê uma contribuição mensal de aproximadamente 500 ienes por pessoa, o que resultaria em um aumento nas taxas dos seguros de saúde públicos, como o shakai hoken e o kokumin kenko hoken.

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A notícia gerou reações diversas, com críticas vindas tanto da oposição, que classificou a medida como um “aumento de impostos disfarçado”, quanto de cidadãos expressando suas preocupações nas redes sociais.

Um comentarista da emissora TBS destacou a rapidez com que o governo implementa decisões que impõem encargos financeiros aos cidadãos, enquanto questões relacionadas à criação de fundos ilegais são postergadas.

O governo tem como meta garantir um montante de 3,6 trilhões de ienes até o ano fiscal de 2028, sendo que cerca de 1 trilhão de ienes seriam provenientes do novo sistema de apoio, que entraria em vigor em abril de 2026.

Os representantes da oposição não pouparam críticas à medida, caracterizando-a como um aumento de impostos velado. Por exemplo, uma família na qual ambos os pais trabalham poderia ter um custo adicional de cerca de 12.000 ienes por ano.

Por sua vez, Kishida defendeu a proposta argumentando que reformas fiscais e aumentos salariais poderiam compensar o ônus adicional, insistindo que não se trata de um aumento direto de impostos.

Entretanto, o comentarista sugeriu que a situação poderia ter sido evitada se o governo tivesse sido mais transparente sobre a necessidade de aumentar impostos para garantir o financiamento necessário.

Além disso, há preocupações de que a inclusão deste encargo no seguro saúde possa não ser a abordagem mais apropriada, o que tem gerado debates e discussões acaloradas nas redes sociais.

Foto: Getty Images

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