Ishikawa, Japão — Em uma resposta rápida aos impactos devastadores do recente terremoto de magnitude 7,6 que atingiu a Península de Noto, na costa do Mar do Japão, o primeiro-ministro Fumio Kishida anunciou no domingo (14) que o governo japonês planeja dobrar as reservas orçamentárias para o próximo ano fiscal, que se inicia em abril.
Durante uma visita à região de Noto, na província de Ishikawa, duramente atingida pelo desastre, Kishida revelou que o orçamento destinado à assistência aos desabrigados será aumentado para 1 trilhão de ienes (6,9 bilhões de dólares).
O primeiro-ministro expressou seu compromisso em melhorar as condições de vida das pessoas afetadas e anunciou a alocação imediata de 100 bilhões de ienes (US$ 690 milhões) do orçamento do ano fiscal de 2023 para o fundo de emergência.
Este pacote emergencial abrangerá uma série de medidas, incluindo a garantia de alojamento temporário para os desabrigados, a reconstrução de infraestruturas danificadas e a gestão de resíduos resultantes do desastre.
Os recursos também serão direcionados para impulsionar a recuperação de setores cruciais, como agricultura, pesca e turismo.
Na última semana, o governo já havia aprovado a liberação de 4,74 mil milhões de ienes dos fundos de reserva do orçamento fiscal de 2023, visando financiar ações de socorro, especialmente para ajudar os residentes a enfrentar as condições adversas do tempo frio na região.
Até o momento, o número de mortos alcançou 221, com os desabrigados enfrentando desafios significativos, como estradas danificadas e escassez de água.
Kishida, que sobrevoou a região em um helicóptero e visitou centros de evacuação em Wajima e Suzu, áreas mais gravemente afetadas, destacou a urgência de medidas efetivas para lidar com a crise.
O primeiro-ministro afirmou aos repórteres que o governo planeja aprovar rapidamente o pacote de auxílio até o final do mês, enquanto seu gabinete está em processo de formalização da proposta de aumento do fundo de reservas para o ano fiscal de 2024, passando de 500 bilhões de ienes para 1 trilhão de ienes.
Foto: Reprodução/NHK
