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Cidade permite que residentes estrangeiros se tornem funcionários públicos

Há algumas restrições, tais como assumir posições de liderança ou atuar em determinados setores do governo local.

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Gunma, Japão — A cidade de Oizumi, localizada na província de Gunma, está fazendo história ao eliminar a exigência de nacionalidade para permitir que residentes estrangeiros possam trabalhar como funcionários públicos.

A decisão foi anunciada em 26 de dezembro, marcando um passo significativo para Oizumi se tornar o primeiro município da província a remover os pré-requisitos de nacionalidade para diversas categorias profissionais.

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A medida visa proporcionar oportunidades de emprego na prefeitura para residentes estrangeiros, promovendo a diversidade e a inclusão.

O presidente da Câmara de Oizumi, Toshiaki Murayama, expressou sua opinião sobre a mudança, afirmando que não é razoável que certas pessoas não estejam qualificadas para cargos na função pública, considerando que estudam com outros residentes em escolas da cidade.

A partir de abril de 2025, a exigência de nacionalidade será removida para os funcionários contratados, sujeita à aprovação nos exames realizados durante o ano fiscal de 2024. Para concorrer aos cargos, os estrangeiros devem ser residentes permanentes ou residentes permanentes especiais, com autorização de permanência ilimitada.

Os critérios de seleção nos exames serão os mesmos para candidatos japoneses e estrangeiros, avaliando conhecimentos gerais, aptidões, entrevistas, ensaios e outros elementos.

Apesar da competição acirrada no exame, algumas restrições foram estabelecidas: os funcionários estrangeiros não poderão ser promovidos para cargos de gestão, como chefe de divisão, e não poderão participar do desenvolvimento das políticas fundamentais da cidade.

Outras limitações incluem a impossibilidade de impor impostos, apreender propriedades de inadimplentes fiscais, decidir o planejamento urbano, adquirir terrenos, realizar inspeções no local ou executar tarefas semelhantes.

Essas restrições são baseadas em uma diretriz do governo central de 1953, que estipulava que funcionários públicos envolvidos no exercício da autoridade administrativa ou na formação da vontade nacional deveriam possuir nacionalidade japonesa.

O município de Oizumi possui uma população diversificada, com 20% dos 41.495 residentes sendo estrangeiros, provenientes de 51 países, incluindo Brasil, Peru e Vietnã.

Esta iniciativa segue os passos da província de Gunma, que anteriormente eliminou o requisito de nacionalidade para algumas profissões, como enfermeiros e nutricionistas certificados.

Embora em 2022 a província tenha anunciado planos para abolir a exigência de nacionalidade para todas as categorias profissionais sob sua supervisão direta, até o momento nenhuma ação concreta foi tomada.

A decisão de Oizumi é um passo notável na promoção da igualdade de oportunidades no setor público e reflete uma abertura crescente em direção à inclusão de talentos diversos em cargos governamentais.

Foto: Reprodução

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