Os promotores de Tóquio prenderam dois ex-altos funcionários da editora japonesa Kadokawa por suspeita de subornar um ex-executivo do comitê organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio.
O ex-executivo da Kadokawa Yoshihara Toshiyuki e o ex-funcionário sênior Maniwa Kyoji foram presos nesta terça-feira.
Um novo mandado de prisão foi emitido para o ex-executivo do comitê organizador dos Jogos de Tóquio Takahashi Haruyuki por suspeita de aceitar suborno. O diretor de uma empresa de consultoria com sede em Tóquio, Fukami Kazumasa, também foi preso como cúmplice, ele é amigo de Takahashi.
Os promotores fizeram buscas a sede da Kadokawa, a casa de seu presidente Kadokawa Tsuguhiko e a empresa de consultoria de Fukami.
Yoshihara e Maniwa são suspeitos de fornecer a Takahashi um total de 69 milhões de ienes, ou cerca de 490.000 dólares, de 2019 até o ano passado, em troca de terem sido escolhidos como patrocinadores dos Jogos de Tóquio.
Eles supostamente enviaram um total de cerca de 540.000 dólares em 10 parcelas para uma conta da empresa de consultoria de Fukami depois que a Kadokawa se tornou patrocinadora dos Jogos em 2019.
A Kadokawa publicou os programas e guias oficiais dos Jogos como um “apoiador oficial”.
O presidente Kadokawa disse nesta segunda-feira, que não acredita que o dinheiro pago à consultoria foi para Takahashi e negou veementemente as acusações de suborno.
Os promotores de Tóquio indiciaram na terça-feira Takahashi por aceitar cerca de 360.000 dólares, da grande varejista de ternos Aoki Holdings em troca de patrocínio dos Jogos.
Eles também indiciaram o fundador da Aoki Holdings, Aoki Hironori, e outros dois por suspeita de suborno.
Fontes dizem que Takahashi negou a acusação enquanto Aoki admitiu.