Emprego

Restaurantes em Okinawa lutam para contratar, mesmo com salário de ¥2.000 por hora

O atual cenário de escassez de mão de obra em Okinawa é resultado do fim das restrições da Covid-19, impulsionando a recuperação econômica

Restaurantes em Okinawa lutam para contratar, mesmo com salário de ¥2.000 por hora
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Naha, Japão — A ilha de Okinawa, no Japão, está enfrentando uma crescente escassez de mão de obra, especialmente no setor de restaurantes, mesmo com a oferta de salários generosos de ¥2.000 por hora. Essa preocupante situação foi revelada em um relatório publicado pelo jornal Okinawa Times.

O problema é particularmente evidente nos restaurantes localizados na Kokusai Doori, a rua mais movimentada da cidade de Naha. A flexibilização das restrições impostas devido à Covid-19 resultou em uma recuperação econômica, mas os estabelecimentos estão encontrando dificuldades em garantir funcionários em número suficiente. Isso inclui trabalhadores estrangeiros, aumentando os custos de pessoal e colocado pressão sobre a gestão dos restaurantes.

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Uma pesquisa realizada em maio deste ano pela Associação Central de Pequenas e Médias Empresas de Okinawa, que abrangeu 22 setores, destacou a preocupação com a escassez de trabalhadores em áreas como fabricação de bebidas e têxteis, hotelaria e construção.

Antes da pandemia, o salário médio nos estabelecimentos ao longo da Kokusai Doori era de aproximadamente ¥900 por hora. No entanto, a maioria dos restaurantes agora está oferecendo entre ¥1.000 e ¥1.300 por hora para atrair trabalhadores.

Surpreendentemente, mesmo os estabelecimentos que oferecem um salário mais elevado, chegando a ¥2.000 por hora, estão lutando para preencher as vagas necessárias. Isso representa um desafio para o setor, que almeja expandir seus negócios aproveitando a retomada da demanda após a pandemia.

Mesmo com a presença de muitos trabalhadores estrangeiros, principalmente vindos do Nepal, Vietnã e Indonésia, a falta de pessoal persiste.

Shohei Sugita, advogado especializado em consultas com trabalhadores estrangeiros, enfatizou a importância de criar um ambiente de trabalho mais acolhedor e favorável para esses indivíduos.

Ele também ressaltou que a escassez de mão de obra não é um problema exclusivo de Okinawa ou do Japão, mas uma questão global. Sugita faz um apelo ao governo local e às autoridades provinciais para liderarem a criação de um ambiente propício para o trabalho.

Foto: AC

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