Tóquio, Japão — Hoje marca o início do ano fiscal de 2024, trazendo consigo uma série de mudanças significativas para trabalhadores em todo o Japão.
A partir de agora, limites mais rígidos para horas extras entram em vigor, impactando diretamente motoristas de caminhão, trabalhadores da construção civil e médicos, relata a Jiji Press. Veja abaixo como essas alterações afetarão a rotina diária:
A revisão da Lei de Normas Trabalhistas estabelece um limite máximo de 960 horas extras por ano para motoristas de caminhão e 720 horas extras por ano para trabalhadores da construção civil.
Para os médicos, uma mudança crucial permite até 1.860 horas extras anuais, especialmente para garantir a manutenção dos cuidados médicos locais.
No setor de logística, uma previsão alarmante sugere que até 34% das cargas podem não ser entregues até 2030, devido à possível escassez de trabalhadores.
Para compensar os aumentos nos custos de combustíveis, empresas de entrega como a Yamato Transport e a Sagawa Express estão ajustando os preços de seus serviços de entrega em domicílio.
Em resposta à escassez de motoristas de táxi, o governo decidiu suspender parcialmente a proibição de “partilha de viagens”, permitindo que motoristas particulares transportem passageiros mediante pagamento de taxa, iniciando em horários e áreas específicos.
Além disso, a partir de abril, os consumidores japoneses enfrentarão aumentos de preços em mais de 2.800 produtos, enquanto uma nova taxa será adicionada às contas de eletricidade para promover o uso de energias renováveis.
As mudanças não param por aí. O sistema médico e de pensões também passará por revisões significativas.
Os pagamentos de pensões aumentarão 2,7% em relação ao ano anterior, enquanto os benefícios mensais para famílias de duas pessoas aumentarão em 6.001 ienes.
No campo da saúde, os prêmios de seguro médico para idosos com rendimentos mais elevados também verão aumentos.
Enquanto isso, sindicatos estão ativamente buscando aumentos salariais para trabalhadores de pequenas e médias empresas, com uma taxa média de aumento salarial já acordada em 5,25%.
Essas mudanças refletem uma nova era para a força de trabalho japonesa, à medida que o país enfrenta desafios econômicos e demográficos em constante evolução.
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