Japão

Tsunami alcançou a costa do Japão em apenas 1 minuto após o terremoto, diz estudo

Governamental afirma que mais de 100 hectares na província de Ishikawa foram alagados

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Tóquio, Japão — Na sequência do poderoso terremoto de magnitude 7,6 registrado na segunda-feira (1) na península de Noto, em Ishikawa, as primeiras ondas do tsunami atingiram a costa em um minuto, de acordo com dados da NHK.

A informação foi divulgada por uma equipe de pesquisadores liderada pelo professor Fumihiko Imamura, do Instituto Internacional de Pesquisa em Ciência de Desastres da Universidade de Tohoku.

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Utilizando informações da Autoridade de Informação Geoespacial do Japão e do Serviço Geológico dos EUA, os pesquisadores conduziram uma simulação que indicou que o primeiro conjunto de ondas atingiu a cidade de Suzu cerca de um minuto após o terremoto, seguido pela cidade de Nanao dois minutos depois. Ambas as cidades estão localizadas na Península de Noto, no Mar do Japão.

A simulação também revelou que o tsunami alcançou a cidade de Toyama, próxima à península, aproximadamente cinco minutos após o terremoto, com a propagação de ondas contínuas para o norte e oeste do Japão ao longo de várias horas.

O impacto do tsunami na província de Ishikawa foi analisado pelo Ministério da Terra, revelando que pelo menos 100 hectares em dois municípios foram atingidos.

A cidade de Suzu teve 15 hectares do porto de Iida inundados, enquanto as áreas de Nunoura e Kurikawashiri, na cidade de Noto, totalizaram 27 hectares.

A extensão completa dos danos às residências e a profundidade das inundações ainda permanecem desconhecidas, mas os funcionários do ministério acreditam que a verdadeira extensão pode ser ainda maior.

Especialistas em terremotos apontam que o poderoso terremoto ocorreu em uma falha que se deslocou por cerca de 150 quilômetros, desde o ponto mais ocidental da península de Noto até uma área no Mar do Japão, próxima à Ilha Sado, na província de Niigata, a leste da província de Ishikawa.

A sequência de terremotos em Noto teve início em dezembro de 2020, em uma área de 30 quilômetros quadrados ao redor da cidade de Suzu.

O professor Hiroyuki Goto, especialista em engenharia sísmica na Universidade de Quioto, mencionou que um sismógrafo registrou um “pulso sísmico de longo período”, indicando a ruptura da falha.

Apesar dos tremores em Noto nos últimos três anos, os especialistas ainda não compreendem completamente a relação direta entre esses eventos sísmicos e o recente terremoto de grande magnitude.

Contudo, acreditam que a ruptura da falha começou na área dos terremotos anteriores e se espalhou por uma região mais ampla.

O pesquisador Yukinobu Okamura, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada, sugeriu que o tremor de 1º de janeiro pode ter sido desencadeado por uma falha ativa no fundo do mar, indicando a complexidade dos eventos sísmicos na região.

Foto: Reprodução/NHK

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