A montadora japonesa Nissan Motor está planejando lançar sete modelos de veículos elétricos (EV) até 2026 e fazer com que 80% da sua linha de produtos seja elétrica até 2030, afirmou o diretor de operações Ashwani Gupta durante o Salão do Automóvel de Xangai nesta terça-feira (18).
Gupta também destacou que a China já passou do ponto de inflexão onde os clientes estão dispostos a adotar os veículos elétricos como seu carro principal, e que a Nissan precisa tornar seus produtos competitivos o suficiente para enfrentar a concorrência dos rivais domésticos.
Com o compromisso de continuar investindo no mercado automotivo chinês, a Nissan apresentou um novo modelo de SUV elétrico no Salão de Xangai. O novo carro da empresa, chamado Arizon, contará com um assistente pessoal virtual apelidado de Eporo e apresentará um baixo centro de gravidade sem pilares estruturais, proporcionando um interior espaçoso.
Embora a China tenha sido um mercado importante para a Nissan, como outras montadoras globais, a empresa enfrenta uma crescente pressão e a ameaça de queda de participação no mercado devido à ascensão das montadoras domésticas.
A Nissan, que foi pioneira no mercado global de veículos elétricos com o Leaf, tem enfrentado dificuldades para competir com a BYD, a maior empresa de EV do país, e com a Tesla, que dominou o mercado de carros elétricos nos últimos anos.
A empresa também decidiu manter internamente o desenvolvimento de software de “mobilidade avançada”, trabalhando em sistemas relacionados à segurança ou que diferenciem a Nissan em termos de competitividade, incluindo sistemas de gerenciamento de bateria e direção autônoma. No entanto, a Nissan está colaborando com empresas externas de TI como Google e Microsoft para adquirir software que é mais comoditizado.
Recentemente, a Nissan enfrentou problemas em sua linha de produção de alta tecnologia, o que afetou o lançamento do seu mais novo modelo de SUV elétrico, o Ariya, projetado para colocar a montadora japonesa no caminho de um retorno.
Foto: Autohome.com
