Pequim, China – A Administração de Cibersegurança da China (CAC) anunciou no domingo (21) uma proibição que impede empresas chinesas de adquirirem chips fabricados pela Micron Technology, empresa sediada nos Estados Unidos.
Segundo relatos da agência de notícias Reuters, a CAC justificou a medida afirmando que os produtos da fabricante americana representam “riscos de segurança significativos” para a infraestrutura crítica de informações da China, incluindo bancos estatais e operadoras de telecomunicações.
Essa proibição ocorre após a China ter anunciado, no final de março, uma revisão nas importações de chips da Micron, que foi interpretada na época como uma retaliação às sanções impostas por Washington às fabricantes de chips chinesas nos últimos anos.
A Micron, líder na fabricação de memórias nos Estados Unidos e sediada em Idaho, depende do mercado chinês para cerca de 10% de seu lucro anual. No entanto, a maioria das empresas que importam os produtos da Micron para a China são aquelas que fabricam dispositivos para vendas em outras partes do mundo.
Segundo o jornal Wall Street, a proibição da CAC não se aplica a empresas estrangeiras estabelecidas na China.
A Micron emitiu um comunicado em resposta à proibição, afirmando: “Estamos analisando a conclusão e avaliando nossos próximos passos. Esperamos continuar engajados em discussões com autoridades chinesas”.
A CAC não especificou quais produtos da Micron seriam afetados pela proibição.
Essa proibição é o mais recente episódio de uma disputa em curso entre os Estados Unidos e a China no campo da tecnologia de semicondutores.
Nos últimos meses, a administração Biden tem tomado medidas para restringir o acesso da China a equipamentos de fabricação avançados. Estados Unidos, Europa e Japão estão limitando o acesso chinês à produção de chips avançados e outras tecnologias que, segundo eles, podem ser utilizadas em armamentos, em um momento em que o governo do presidente Xi Jinping ameaça a segurança de Taiwan.
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