Sam Altman, CEO da OpenAI, empresa americana responsável pelo desenvolvimento do ChatGPT, está visitando o Japão e se reuniu com o primeiro-ministro Fumio Kishida nesta segunda-feira (10). Após a reunião, Altman resumiu a agenda em termos claros, dizendo que conversaram sobre o lado positivo da tecnologia e como atenuar o lado negativo.
Altman também revelou que está buscando abrir um escritório no Japão e construir algo grande para as pessoas no país, bem como desenvolver modelos melhores com a língua japonesa e a cultura.
O governo japonês também está interessado no potencial da tecnologia de IA e considerando a possibilidade de utilizá-la para reduzir a carga de trabalho sobre funcionários públicos.
No entanto, o secretário-chefe de Gabinete, Hirokazu Matsuno, mencionou os riscos inerentes na nova tecnologia e disse que o governo continuará trabalhando para entender o desenvolvimento na tecnologia de IA, bem como como gerenciar informações confidenciais e responder a preocupações com vazamentos de informações.
O encontro entre Kishida e Altman ocorre em um momento em que algumas universidades japonesas estabeleceram padrões para o uso do ChatGPT e outras tecnologias de IA. Muitas estão alertando que o impacto sobre a educação continua amplamente desconhecido.
O ChatGPT tem o poder de criar sentenças naturais como se fossem escritas por humanos, além de gerar facilmente relatórios e documentos.
No entanto, em uma cerimônia de entrada na Universidade de Quioto na sexta-feira (7), o presidente da instituição de ensino, Minato Nagahiro, apontou que sentenças escritas usando IA podem conter informações incorretas.
Ele disse que está faltando processo comum de verificação humana e continuou, dizendo que ele quer que os estudantes tirem tempo para produzirem seus próprios trabalhos.
O ChatGPT é especificamente desenvolvido para não responder a questões potencialmente ligadas a atividade ilegal. O software se recusa a responder a comandos diretos para escrever malware, mas cumpre quando as perguntas são reformuladas.
Especialistas em IA, executivos da indústria incluindo Elon Musk e mais de mil outros emitiram uma carta aberta em março pedindo por uma pausa de 6 meses em sistemas de desenvolvimento mais poderosos do que a atual versão da OpenAI, a GPT-4.
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