Sociedade

Número de nascimentos no Japão cai 5,8% e atinge mínima histórica

Também há previsão de queda nos números de casamentos no país.

blank
Visualizações

Tóquio, Japão — Em um relatório divulgado pelo Instituto de Pesquisas do Japão, foi revelado que o número de crianças nascidas no país atingiu uma mínima histórica no ano passado, totalizando apenas 726.000 bebês. Essa marca representa o menor número registrado desde o início das estatísticas, conforme reportado pela emissora NHK.

Os dados compilados pelo Instituto consideraram o período de janeiro a setembro do ano passado, com base nas informações fornecidas pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar.

Publicidade
blank

A projeção indica uma redução de aproximadamente 40.000 bebês, ou 5,8%, em comparação com o ano anterior, marcando um declínio significativo na taxa de natalidade.

Além disso, a análise aponta para uma queda na taxa de fertilidade, estimada em cerca de 1,20, indicando o número médio de filhos que uma mulher terá ao longo da vida.

Este número reflete uma tendência preocupante em relação à sustentabilidade demográfica do país.

Outro aspecto destacado no relatório é a previsão de que o número de casamentos também diminuiu. Após um aumento em 2022, que foi o primeiro em três anos, para 504.930 casais, houve uma queda de 5,8% em 2023, totalizando 476.000 casamentos. Esse declínio sugere uma reversão à tendência de queda observada anteriormente.

Takumi Fujinami, pesquisador sênior do Instituto, atribui parte desses números à instabilidade econômica causada pela pandemia, levando muitas pessoas a adiarem ou desistirem do casamento.

Ele observa que, mesmo com mais mulheres ingressando no mercado de trabalho, o fardo doméstico sobre elas permanece elevado, o que pode contribuir para a hesitação em ter filhos.

Fujinami enfatiza a necessidade de uma mudança de mentalidade para promover a igualdade de gênero tanto no ambiente de trabalho quanto em casa.

Ele argumenta que as disparidades salariais e a prevalência de empregos não regulares ainda colocam um peso desproporcional sobre as mulheres. Para ele, criar um ambiente de trabalho mais inclusivo é essencial para estimular uma taxa de natalidade mais saudável no país.

Foto: PhotoAC

Comentários
Publicidade
blank