O índice de aprovação do gabinete do primeiro-ministro Fumio Kishida caiu para 35%, o índice mais baixo desde que assumiu o cargo em outubro de 2021, mostrou uma pesquisa da Kyodo News publicada neste domingo (9). O resultado vem em um momento em que o governante lida com um descontentamento do público japonês em razão da subida dos preços e as suspeitas de ligações de seu partido com a Igreja da Unificação.
Já a taxa de reprovação do gabinete atingiu o índice de 48,3%, superando a taxa de aprovação pelo segundo mês consecutivo.
A queda na aprovação, que marcou 54,1% em agosto e 40,2% em setembro, sinaliza que Kishida ainda não conseguiu acalmar os críticos ao funeral de Estado realizado no mês passado em homenagem ao ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, apontou a rede de notícias.
Abe foi morto a tiros em julho por um homem que supostamente guardava rancor contra ele por supostas ligações de Abe com a Igreja da Unificação.
A pesquisa telefônica ocorreu em dois dias em um momento de desconfiança pública em relação ao Partido Liberal Democrata, alimentada por relatos de ligações de seus legisladores com a Igreja da Unificação. A última pesquisa, no entanto, mostrou que 83,1% consideram ainda faltar provas suficientes para confirmar tal correlação.
Quanto ao funeral de Abe, 61,9% desaprovaram o evento contra 36,9% que o aprovaram. No entanto, Kishida justificou a decisão de realizá-lo como uma forma de honrar o primeiro-ministro que por maior tempo serviu o Japão, a opinião pública mostrou preocupações com os custos do funeral e a criação de um legado positivo para o controverso ex-líder.
A pesquisa também apontou que 78,9% dos entrevistados sentem que suas vidas foram afetadas pelo aumento do preço dos alimentos, necessidades diárias, contas de serviços públicos, entre outros itens.