Tóquio, Japão – O primeiro-ministro Fumio Kishida fez um apelo aos líderes empresariais nesta semana, instando-os a concederem um aumento salarial mais significativo na primavera de 2024 do que o concedido nas negociações deste ano, informou o jornal Yomiuri.
Kishida, visando combater a deflação, solicitou a cooperação dos representantes empresariais para garantir aumentos salariais que superem os níveis alcançados este ano, com base nas condições de preços. Ele afirmou que o governo tomará medidas sem precedentes para elevar a renda disponível, incluindo aumentos salariais.
O governo japonês está considerando a expansão de incentivos fiscais para impulsionar o crescimento salarial, um possível corte no imposto sobre o rendimento individual em junho do próximo ano e medidas adicionais para garantir salários iguais para trabalhos iguais, bem como apoiar a transição de trabalhadores não regulares para empregados regulares, acrescentou o primeiro-ministro.
Durante a reunião tripartite, discutiram-se também medidas para refletir os custos laborais mais elevados nos preços. Kishida anunciou que o governo apresentará diretrizes no final de novembro para promover essas medidas.
A reunião, a segunda deste ano, contou com a presença de representantes importantes, como Tomoko Yoshino, presidente da Confederação Sindical Japonesa (Rengo), e Masakazu Tokura, presidente da Federação Empresarial do Japão (Keidanren).
Tokura expressou a determinação de eliminar completamente a deflação por meio da parceria entre os setores público e privado. Após a reunião, ele enfatizou o foco nas pequenas e médias empresas e nos funcionários não regulares.
A Rengo planeja exigir aumentos salariais de pelo menos 5% no próximo ano. Kishida busca reforçar a importância dos aumentos salariais antes da Keidanren adotar suas diretrizes para a gestão no início do próximo ano.
Durante a reunião, Kishida comprometeu-se a fazer “todos os esforços” para alcançar um crescimento salarial sólido. O índice de aprovação pública do gabinete do premiê atingiu o nível mais baixo desde sua posse em 2021.
Nas negociações salariais deste ano, as grandes empresas aprovaram integralmente os pedidos de aumento salarial dos trabalhadores, mas as estatísticas governamentais revelam que os ajustes nos preços de produtos e serviços ultrapassaram o crescimento dos salários nominais.
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