Curitiba, Paraná — O Ministério Público Federal (MPF) de Curitiba-PR formalizou na segunda-feira (14) a denúncia contra Anderson Robson Barbosa, brasileiro de 33 anos, detido há um mês pela Polícia Federal (PF) do Paraná.
Barbosa é suspeito do assassinato de sua esposa japonesa, Manami Arakawa, de 29 anos, e da filha do casal, Lily, de apenas 3 anos. A tragédia que ocorreu em agosto do ano passado chocou a comunidade localizada em Sakai (Osaka), no Japão.
De acordo com informações obtidas pelo RIC Mais, Anderson Robson Barbosa encontra-se detido no Complexo Médico Penal de Pinhais, município vizinho a Curitiba. O inquérito relacionado ao caso permanece sob sigilo de Justiça, conforme as autoridades locais relataram.
Após a ocorrência do crime, Barbosa fugiu do Japão, tendo embarcado no Aeroporto de Narita com destino ao Brasil, supostamente ao Paraná.
Em setembro do ano passado, as autoridades policiais de Osaka inseriram o nome de Barbosa na lista de procurados internacionalmente pela Interpol. Posteriormente, agentes japoneses viajaram ao Brasil para entregar o dossiê completo das investigações às autoridades brasileiras.
Devido à legislação do país, que proíbe a extradição de cidadãos para o exterior, o julgamento de Anderson Robson Barbosa ocorrerá em território brasileiro.
Esse processo, conhecido como “dairi shobatsu” ou punição por representação, permitirá que ele seja julgado por um tribunal nacional.
Uma entrevista concedida por um homem que compartilhava o apartamento com Barbosa em São Paulo, no mês passado, trouxe à tona detalhes intrigantes.
Ele revelou que Barbosa costumava chorar diariamente e demonstrava comportamento recluso, evitando sair em público com medo de ser reconhecido.
O desdobramento deste trágico caso continua a atrair a atenção da sociedade, enquanto os olhos permanecem voltados para o aguardado processo judicial que definirá o destino de Anderson Robson Barbosa.
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