Japão

Suspeito de ataque a bomba criticou Kishida e a lei eleitoral no Twitter

Ryuji Kimura entrou com uma ação contra o governo em junho de 2022, alegando que não poderia concorrer à eleição

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Ryuji Kimura, um homem de 24 anos, pode ter sido motivado pela contrariedade em relação à legislação eleitoral no país para realizar o ataque com bomba caseira contra o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida.

Segundo o jornal Asahi, Kimura postou em sua conta no Twitter, em junho de 2022, críticas à lei que exige que os candidatos à Câmara Alta tenham pelo menos 30 anos.

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De acordo com a publicação, Kimura entrou com um processo na justiça no final de junho de 2022 pedindo indenização do governo central, alegando não poder concorrer à eleição Câmara Alta naquele verão devido ao requisito de idade e à necessidade de fazer um depósito.

Ele teria dito a um representante político que “não pode concorrer ao conselho da cidade porque a idade de elegibilidade é 25”.

Kimura foi detido em abril de 2023 após lançar uma bomba caseira em direção a Kishida enquanto este se preparava para fazer um discurso de campanha na cidade de Wakayama. Em seu perfil no Twitter, Kimura explicou o andamento de seu processo e expressou raiva contra alguns políticos.

O ataque foi realizado quatro dias depois de Kimura postar uma mensagem em que afirmava que legisladores de segunda e terceira geração e corrupção estavam sendo criados por meio de votos de organizações e grupos religiosos.

O professor de ciências políticas da Universidade Takachiho, em Tóquio, Ikuo Gonoi, analisou as mensagens de Kimura e afirmou que o suspeito tem forte interesse em política sem uma linha ideológica clara. Segundo ele, as críticas de Kimura ao premiê não têm fundo político, mas consideram Kishida entre os políticos que tiveram tudo nas mãos.

A ação movida por Kimura foi rejeitada em novembro de 2022 pelo Tribunal Distrital de Kobe, mas o suspeito entrou com recurso para buscar vitória no processo no Tribunal Superior de Osaka. A decisão é esperada para o próximo mês. O ataque a Kishida ocorreu enquanto cidades em todo o Japão se preparam para realizar eleições para prefeitos e membros da assembleia.

Foto: Reuters

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