TÓQUIO, JAPÃO — Com as crescentes tensões entre Israel e Irã no Oriente Médio, as refinarias de petróleo no Japão estão atentas e prontas para agir em caso de contingência.
Em entrevista à Reuters, o presidente da Associação Petrolífera do Japão, Shunichi Kito, enfatizou que, se necessário, as reservas do país poderão ser utilizadas para garantir um fornecimento estável de petróleo.
“A aquisição de petróleo bruto para o Japão não está atualmente comprometida”, afirmou Kito, quando questionado sobre o impacto da crise Israel-Irã.
No entanto, ele reconheceu que um agravamento do conflito poderia representar um sério problema, afetando não apenas o Japão, mas todo o mercado global de energia.
Diante desse cenário, líderes do setor energético japonês, como o presidente da Federação Japonesa de Empresas de Energia Elétrica, Kingo Hayashi, e o chefe da Tohoku Electric Power, Kojiro Higuchi, expressaram preocupação com possíveis interrupções na distribuição de petróleo e seus impactos nos preços dos combustíveis.
Kito, que também preside a segunda maior refinaria de petróleo do Japão, a Idemitsu Kosan, destacou que sua empresa está considerando alternativas de fornecimento, como o petróleo bruto da África Ocidental e da América do Norte.
No entanto, ele ressaltou os desafios logísticos e operacionais envolvidos na mudança, uma vez que a maioria das refinarias japonesas é projetada para processar petróleo do Oriente Médio.
Apesar dos obstáculos, o Japão se prepara para enfrentar possíveis interrupções, contando com um total combinado de 240 dias de reserva de petróleo, tanto no setor público quanto no privado.
Enquanto isso, os preços do petróleo registraram uma diminuição esta semana, à medida que o impacto do ataque iraniano a Israel se mostrou menos severo do que inicialmente previsto.
Diante da incerteza geopolítica, o Japão se mantém vigilante e comprometido em assegurar a estabilidade do fornecimento de energia em meio a crises regionais.
