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Em resposta a teste da Coreia do Norte, EUA e Coreia do Sul lançam mísseis

Pyongyang lançou um míssil que passou sobre o Japão e caiu no Pacífico

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A Coreia do Sul e as Forças Armadas dos Estados Unidos dispararam uma saraivada de mísseis no mar em resposta ao lançamento de um míssil balístico da Coreia do Norte que passou sobre o Japão, disse Seul nesta quarta-feira (5), enquanto o teste de maior alcance de Pyongyang até hoje atraiu críticas pelo mundo.
A Coreia do Norte, com armas nucleares, testou um míssil balístico de alcance intermediário (IRBM), enviando-o sobre o Japão pela primeira vez em cinco anos e provocando a emissão de um alerta para que os moradores de Hokkaido e Aomori se protegessem.
Foi o primeiro míssil norte-coreano a seguir essa trajetória desde 2017, e seu alcance estimado de 4.600 km foi o mais longo percorrido por um míssil de teste norte-coreano, que geralmente é “elevado” no espaço para evitar voar sobre os países vizinhos.
Tropas sul-coreanas e americanas realizaram um exercício de mísseis em resposta, disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul nesta quarta-feira.
Cada lado disparou um par de mísseis balísticos de curto alcance ATACMS fabricados nos EUA, de acordo com um comunicado.
As Forças Armadas norte-americanas confirmaram separadamente que um míssil sul-coreano Hyunmoo-2 falhou logo após o lançamento e caiu, mas não causou vítimas.
O presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, condenaram o teste da Coreia do Norte nos “termos mais fortes”. A União Europeia chamou o lançamento de “ação imprudente e deliberadamente provocativa”, e o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, condenou o ato, chamando-o de violação das resoluções do Conselho de Segurança.
A Coreia do Norte acusa os Estados Unidos e seus aliados de ameaçá-la com exercícios e reforços de defesa.
Testes recentes atraíram respostas relativamente silenciosas de Washington, que está focada na guerra na Ucrânia, bem como em outras crises domésticas e estrangeiras, mas os militares dos EUA intensificaram as demonstrações de força na região.
O Japão disse que não tomou medidas para derrubar o míssil, mas o ministro da Defesa, Yasukazu Hamada, afirmou que não descarta nenhuma opção, incluindo capacidades de contra-ataque, ao mesmo tempo em que busca fortalecer suas defesas diante de repetidos lançamentos de mísseis pela Coreia do Norte.
Os EUA pediram ao Conselho de Segurança da ONU uma reunião sobre a Coreia do Norte para esta quarta-feira, mas diplomatas disseram que China e Rússia se opõem a uma discussão pública do órgão de 15 membros.
“Devemos limitar a capacidade da RPDC de avançar seus programas ilegais de mísseis balísticos e armas de destruição em massa”, disse no Twitter a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, após convocar uma reunião pública do Conselho de Segurança.
Reino Unido, França, Albânia, Noruega e Irlanda juntaram-se aos Estados Unidos para fazer o pedido. A Coreia do Norte é formalmente conhecida como República Popular Democrática da Coreia (RPDC).
No entanto, China e Rússia disseram aos colegas do conselho que se opõem a uma reunião pública, argumentando que a reação do conselho deve ser propícia para atenuar a situação na península coreana, disseram diplomatas.
Não ficou imediatamente claro se o conselho se reuniria publicamente ou a portas fechadas nesta quarta-feira. Qualquer ação significativa do conselho é improvável, dizem diplomatas.
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