Japão

Avião da Guarda Costeira não recebeu autorização para entrar na pista, afirma Ministério

Investigadores continuam em busca da caixa-preta da aeronave da Japan Airlines (JAL), que ainda não foi encontrado diante os destroços

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Haneda, Tóquio, Japão — Na tarde de terça-feira, o aeroporto de Haneda, o mais movimentado do Japão, testemunhou uma tragédia quando uma aeronave da Guarda Costeira colidiu com um avião da Japan Airlines (JAL).

O incidente resultou na morte de cinco membros da Guarda Costeira, enquanto todos os 379 passageiros e tripulantes a bordo do avião da JAL, um Airbus A350, conseguiram escapar, alguns com ferimentos leves.

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De acordo com informações divulgadas pelo Ministério dos Transportes do Japão, as comunicações de controle de voo revelaram que a aeronave da Guarda Costeira não tinha permissão para entrar na pista no momento da colisão.

O vice-diretor geral sênior do Departamento de Aviação Civil, Toshiyuki Onuma, enfatizou durante uma coletiva de imprensa que não havia evidências de autorização para a entrada da aeronave militar na pista.

O capitão da aeronave da Guarda Costeira, o único sobrevivente do acidente, contradisse as informações oficiais, afirmando aos investigadores que havia recebido autorização para entrar na pista em questão.

Essa discrepância gerou tensão durante a coletiva de imprensa, com um oficial da Guarda Costeira reconhecendo a diferença entre os relatos do capitão e os dados de comunicação.

O controle de tráfego aéreo, no entanto, assegurou que as comunicações e a condução do tráfego foram realizadas de maneira adequada antes do acidente, conforme evidenciado pela transcrição disponibilizada pelo ministério.

A Japan Airlines (JAL) informou que seus tripulantes prosseguiram com o pouso após receberem autorização da torre de controle, e nenhum contato visual foi estabelecido com a aeronave da Guarda Costeira antes da colisão.

A empresa cancelou mais de 40 voos domésticos, enquanto a All Nippon Airways Co (ANA) suspendeu 50 voos domésticos, impactando também alguns voos internacionais.

As autoridades japonesas iniciaram investigações sobre o acidente, com o Conselho de Segurança dos Transportes e a polícia metropolitana de Tóquio examinando os destroços.

A Airbus SAS, fabricante da aeronave da JAL, anunciou que enviará uma equipe de especialistas para auxiliar nas investigações e expressou tristeza pela perda de membros da Guarda Costeira.

O episódio, que ocorreu às 17h47, levou ao fechamento temporário de todas as quatro pistas do aeroporto de Haneda. Após inspeções e limpeza, todas as pistas foram reabertas, exceto aquela onde ocorreu a colisão.

A Guarda Costeira, a JAL e as autoridades continuam colaborando nas investigações para esclarecer as circunstâncias que levaram a esse trágico incidente no coração do movimentado aeroporto de Haneda.

Foto: Reprodução/Kyoto

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