Economia

Sindicado informa aumentos salariais neste ano, porém sem acompanhar a inflação

Sindicatos pequenos registram aumento salarial médio de 3,23%

Sindicado informa aumentos salariais neste ano, porém sem acompanhar a inflação
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Tóquio, Japão — A Confederação Sindical Japonesa (Rengo) anunciou os resultados dos aumentos salariais concedidos por 5.463 sindicatos membros durante a campanha da primavera deste ano. Segundo o relatório divulgado, os trabalhadores receberam seus maiores aumentos em três décadas.

No entanto, especialistas alertam que esses incrementos não foram suficientes para acompanhar o aumento dos preços ao consumidor, que tem sido impulsionado, em parte, pela invasão russa da Ucrânia no ano passado.

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Segundo o levantamento, o aumento salarial médio foi de 3,58%, representando um acréscimo de 1,51 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Apesar desse aumento, os salários reais em abril caíram pelo 13º mês consecutivo em comparação com o mesmo período do ano passado.

Takahide Kiuchi, economista executivo do Nomura Research Institute, explicou que há 30 anos o aumento salarial era resultado da melhoria da produtividade no trabalho. No entanto, neste ano, ele foi concedido principalmente devido ao aumento dos preços ao consumidor. Kiuchi ressaltou a necessidade de atrair mais turistas e trabalhadores estrangeiros, além de incentivar as empresas a investir em instalações e equipamentos para impulsionar a produtividade.

A Rengo observou que os aumentos salariais deste ano beneficiaram principalmente as empresas menores, conforme apontado pelo levantamento realizado pela organização. Os sindicatos com menos de 300 membros registraram um aumento médio de 3,23%, o maior em três décadas.

Outro fator que contribuiu para o aumento salarial foi a necessidade de garantir mão de obra adequada, resultando em um ajuste salarial de 5,01% para trabalhadores temporários e de meio período. Esse foi o maior aumento desde 2015, quando essa comparação começou a ser possível.

Apesar desses avanços, a Rengo destacou que o aumento médio no salário base foi de 2,12% para os 3.186 sindicatos afiliados à Confederação, ficando abaixo do aumento de 3% no índice de preços ao consumidor previsto para o ano fiscal de 2022.

Foto: Freepik

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