De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Trabalho na sexta-feira (7), os salários reais no Japão caíram pelo 11º mês consecutivo em fevereiro. Apesar disso, a taxa de queda diminuiu graças aos subsídios governamentais à energia destinados a conter a inflação ao consumidor.
Embora grandes empresas japonesas tenham concluído as negociações trabalhistas anuais com os maiores aumentos salariais em cerca de três décadas, os preços mais altos afetaram os consumidores.
A terceira maior economia do mundo enfrenta incertezas de uma desaceleração global e um novo presidente do banco central.
Os salários reais ajustados pela inflação, as quais são um indicador do poder de compra das famílias, caíram 2,6% em fevereiro em relação ao ano anterior, após uma queda de 4,1% em janeiro, que marcou o declínio mais rápido em quase nove anos.
Os ganhos totais em dinheiro, ou salários nominais, registraram um ganho anual de 1,1% em fevereiro, maior do que um crescimento de 0,8% em janeiro.
No entanto, o crescimento nominal da remuneração ficou aquém da taxa de inflação ao consumidor de 3,9% usada para calcular os salários em termos reais.
O pagamento de horas extras, um indicador da atividade empresarial, aumentou 1,7% na comparação anual em fevereiro, após um crescimento revisado de 0,5% no mês anterior.
Os pagamentos especiais caíram pelo segundo mês em 1,7% em fevereiro, após uma queda revisada de 1,3% no mês anterior. Vale ressaltar que este indicador tende a ser volátil nos meses fora das temporadas de bônus semestrais de novembro a janeiro e junho a agosto.
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