Economia

Índice de Preços ao Consumidor do Japão indica tendência de reaceleração em abril

O núcleo da inflação, que exclui alimentos frescos e itens de energia, poderá atingir 4% ou mais.

Índice de Preços ao Consumidor do Japão indica tendência de reaceleração em abril
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Tóquio, Japão – Segundo uma pesquisa realizada pela Reuters com 19 economistas, o índice de preços ao consumidor (IPC) do Japão mostrou uma tendência de reaceleração em abril. Uma onda de altas nos preços de varejo compensou o efeito dos subsídios do governo à energia, resultando em um crescimento mais rápido desde 1971.

Os dados oficiais de inflação no atacado serão anunciados pelo governo no dia 15 de maio, enquanto os números do IPC serão divulgados no dia 19 de maio.

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A inflação persistente, juntamente com os aumentos salariais, leva a especulações de que o Banco do Japão está se preparando para uma mudança de política. No entanto, o chefe do banco central japonês, Kazuo Ueda, prometeu manter a atual política de flexibilização desde que assumiu o cargo no mês passado.

Segundo a pesquisa, o IPC do Japão, excluindo alimentos frescos, mas incluindo itens de energia, registrou um crescimento de 3,4% em abril em relação ao ano anterior. Esse ritmo é maior do que os 3,1% observados em março e fevereiro, representando o crescimento mais rápido desde a alta de 41 anos de 4,2% registrada em janeiro.

Os economistas apontam que, embora os subsídios do governo tenham reduzido os custos de energia das famílias, mais empresas estão elevando os preços de bens de consumo e serviços, o que impulsionou novamente o índice.

Os analistas da SMBC Nikko Securities prevêem que o valor do núcleo da inflação, que exclui alimentos frescos e itens de energia, poderá chegar a 4% ou mais.

Enquanto isso, a taxa de inflação no atacado em abril foi projetada em 5,4%, desacelerando pelo quarto mês consecutivo, graças aos aumentos moderados dos preços das matérias-primas.

A pesquisa também mostrou que as pressões inflacionárias nos preços internacionais das commodities aliviaram, indicando uma redução das importações japonesas em 0,3% em valor em abril em comparação com o ano anterior. Isso representa a primeira contração desde janeiro de 2021.

Em relação às exportações, a pesquisa indica uma tendência de crescimento de 3,0%. Embora as remessas de automóveis tenham se recuperado devido à melhoria na oferta de semicondutores, o crescimento das exportações do Japão ainda é fraco devido à desaceleração econômica global, afirmou Takeshi Minami, economista-chefe do Norinchukin Research Institute.

Com base na pesquisa, espera-se um déficit na balança comercial japonês de 613,8 bilhões de ienes (US$ 4,54 bilhões). Os números oficiais serão divulgados em 18 de maio.

Foto: Freepik

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