Economia

Autoridades financeiras do Japão intensificam alerta contra o enfraquecimento do iene

Medidas cautelosas são adotadas diante da fraqueza do iene no mercado cambial japonês

Autoridades financeiras do Japão intensificam alerta contra o enfraquecimento do iene
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Tóquio, Japão — As autoridades cambiais do Japão emitiram um alerta nesta quarta-feira sobre a atual fraqueza do iene, indicando que responderão adequadamente caso ocorram movimentos cambiais excessivos. O ministro das Finanças, Shunichi Suzuki, destacou a necessidade de estabilidade nas moedas, respeitando os fundamentos econômicos do país.

Suzuki afirmou que a queda unilateral do iene é motivo suficiente para justificar a ação das autoridades japonesas, caso a tendência se torne excessiva. “É importante que as moedas se movam de forma estável”, enfatizou o ministro, em declarações aos repórteres. Ele acrescentou que uma resposta apropriada será dada aos movimentos cambiais excessivos, sem, no entanto, especificar um nível específico da moeda no qual Tóquio intervira.

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Os formuladores de políticas monetárias do Japão argumentam que a velocidade dos movimentos da moeda é o fator determinante para a intervenção, e não um nível específico.

Contudo, investidores estão atentos a um limite de 145 ienes para intervenção, aproximadamente o nível em que o governo japonês interveio no mercado em setembro do ano passado.

Durante a noite, o iene registrou uma queda de 0,36% em relação ao dólar, atingindo a mínima de 144,02, o valor mais baixo desde 10 de novembro.

Diante dessa situação, Masato Kanda, principal diplomata cambial do Japão, afirmou aos repórteres nesta quarta-feira: “Estamos monitorando de perto os movimentos da moeda com um forte senso de urgência e responderemos adequadamente caso isso se torne excessivo.”

A última intervenção do Japão por meio da compra de ienes e venda de dólares ocorreu em setembro e outubro, sendo considerada uma medida rara. As autoridades japonesas estão atentas à dinâmica do mercado cambial e prontas para agir, caso necessário.

Foto: REUTERS/Dado Ruvic

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