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Farmacêutica japonesa declara que medicamento para Alzheimer é eficaz em diminuir sintomas

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A farmacêutica japonesa Eisai Co. disse na última quarta-feira (28) que seu medicamento para a doença de Alzheimer, em desenvolvimento com a empresa norte-americana Biogen Inc., conseguiu retardar o agravamento dos sintomas em um ensaio clínico, potencialmente abrindo caminho para que os pacientes tratem a doença de forma mais eficaz.

O novo medicamento, o lecanemab, remove um tipo de proteína chamada beta-amiloide, considerada a causadora da doença. A proteína se acumula dentro do cérebro e destrói as células nervosas, de acordo com Eisai.

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A empresa disse que pretende obter aprovação para o medicamento no Japão, Estados Unidos e Europa em 2023. A Food and Drug Administration dos EUA está revisando o lecanemab sob seu sistema de via de aprovação acelerada.

Se aprovado, será o primeiro medicamento para Alzheimer no Japão a trabalhar na causa da doença e retardar a progressão dos sintomas. Os medicamentos existentes no país apenas aliviam os sintomas.

“Esperamos que isso traga um impacto positivo na sociedade, como aliviar o fardo dos cuidadores”, disse o CEO da Eisai, Haruo Naito, em entrevista coletiva em Tóquio.

No ensaio clínico, a droga freou a progressão dos sintomas, como piora da memória e prejuízo no julgamento, em 27 por cento em comparação com um placebo, disse Eisai.

O estudo foi realizado em cerca de 1.800 pacientes com sintomas iniciais no Japão, Estados Unidos, Europa e China.

Entre aqueles que receberam a droga, 12 a 17 por cento apresentaram efeitos colaterais, como edema cerebral e sangramento, mas a maioria era assintomática ou apresentava apenas sintomas temporários, disse Eisai.

Em todo o mundo, 55 milhões de pessoas vivem com Alzheimer e outras demências, de acordo com a Alzheimer’s Association, uma organização sem fins lucrativos sediada nos EUA.

O anúncio da Eisai ocorre depois que um painel do Ministério da Saúde do Japão se recusou a aprovar o aducanumab, outro medicamento para a doença de Alzheimer desenvolvido em conjunto pela Eisai e Biogen, em dezembro do ano passado.

 

 

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