Tóquio, Japão — Em dados divulgados pelo governo nesta sexta-feira (19), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Japão revelou um aumento notável de 3,1% em 2023 em comparação com o ano anterior, marcando o patamar mais elevado desde 1982.
Este aumento significativo foi impulsionado principalmente pelo crescimento dos preços dos alimentos, excluindo produtos frescos, que registraram um aumento expressivo de 8,2%.
Esse aumento é atribuído a fatores como os custos elevados das matérias-primas e a desvalorização do iene.
De maneira mais específica, produtos como ovos viram um aumento de 28,7%, hambúrgueres de 14,6%, e chocolate de 9,4%.
Itens cotidianos, como sabão para lavar roupa, celulares e taxas de hospedagem, também experimentaram aumentos significativos.
Essa notável escalada nos preços resulta no maior patamar de inflação desde a crise mundial do petróleo em 1982, há 41 anos.
Em contraste, o IPC nacional de dezembro mostrou uma ligeira desaceleração, com um aumento de 2,3% em comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Embora haja uma desaceleração, a inflação continua presente, indicando uma preocupação persistente com os preços.
Apesar dessa desaceleração, o Teikoku Databank prevê que até 15.000 itens podem sofrer aumentos de preços este ano, destacando a possibilidade de desafios econômicos contínuos para os consumidores.
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