Japão

Órgão regulador japonês autoriza retomada da maior usina nuclear do país

Entretanto, a retomada ainda está sujeita à aprovação dos governos locais

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Tóquio, Japão — Em uma decisão anunciada nesta quarta-feira (27), o órgão regulador de energia nuclear do Japão revogou uma proibição operacional que estava em vigor há dois anos para a usina Kashiwazaki-Kariwa, operada pela Tokyo Electric Power (Tepco), conforme informado pela agência Reuters.

A medida possibilita que a Tepco busque a permissão necessária das autoridades locais para reiniciar as operações da usina. No entanto, a retomada permanece condicionada ao consentimento dos governos locais da província de Niigata, da cidade de Kashiwazaki e da vila de Kariwa, onde a usina está situada.

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Embora a Tepco tenha expressado o desejo de reativar a maior usina nuclear do Japão e do mundo visando à redução de custos operacionais, a data para a possível retomada das operações ainda permanece incerta.

A usina, que possui uma capacidade de 8.212 megawatts, encontra-se desativada desde 2012, após o desastre nuclear de Fukushima em 2011, que resultou no fechamento de todas as usinas nucleares no Japão naquela época.

A Autoridade de Regulação Nuclear (NRA) proibiu a Tepco de operar a Kashiwazaki-Kariwa em 2021, devido a violações de segurança, incluindo falhas na proteção de materiais nucleares e erros que permitiram o acesso não autorizado de um funcionário a áreas sensíveis da usina.

No entanto, com base em melhorias no sistema de gestão de segurança, a NRA suspendeu nesta quarta-feira uma ordem de ação corretiva, removendo efetivamente um grande obstáculo para a retomada, permitindo que a Tepco transporte novo combustível de urânio para a usina e carregue barras de combustível em seus reatores.

Em resposta à decisão, a Tepco afirmou que continuará dedicando esforços para reconquistar a confiança da comunidade local e da sociedade em geral.

O Japão busca reativar suas usinas nucleares como parte de seus esforços para reduzir a dependência de combustíveis fósseis importados, como o gás natural liquefeito (GNL), cujos preços aumentaram globalmente devido a questões geopolíticas.

Foto: Creative Commons

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