Sociedade

Japão beneficiará esposas que evitam trabalho integral para não pagar ‘shakai hoken’

Críticas foram levantadas devido à falta de equidade dessas medidas

Japão beneficiará esposas que evitam trabalho integral para não pagar 'shakai hoken'
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Tóquio, Japão – O governo japonês está prestes a implementar medidas destinadas a beneficiar esposas que atualmente preferem trabalhar poucos dias ou meio período para evitar o pagamento do seguro social (shakai hoken) e continuar como dependentes de seus maridos, anunciou a emissora NHK.

Entendendo a Iniciativa Governamental

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Segundo a legislação atual, indivíduos que ganham até ¥1,06 milhão por ano (em empresas com mais de 100 funcionários) ou ¥1,3 milhão (em empresas com menos de 100 funcionários) não são obrigados a se inscrever no sistema de seguro social.

No entanto, caso a renda anual ultrapasse esses limites, o funcionário é compelido a pagar o “shakai hoken,” resultando em uma diminuição de seu salário líquido devido aos descontos na folha de pagamento.

Como resultado, muitas esposas evitam exceder esses limites de renda para evitar a redução salarial, permanecendo como dependentes de seus maridos para continuar a utilizar o seguro de saúde.

Com o objetivo de incentivar a participação das mulheres no mercado de trabalho e aliviar a crescente escassez de mão de obra, o governo planeja fornecer subsídios de até ¥500 mil por trabalhador para empresas com mais de 100 funcionários.

Esses recursos serão destinados a compensar os funcionários que, ao decidirem trabalhar mais e ultrapassar o limite de ¥1,06 milhão por ano, teriam seus salários líquidos reduzidos devido aos descontos no seguro social. Esse incentivo será aplicado até um limite de ¥1,25 milhão anuais.

Para empresas com menos de 100 funcionários, o governo permitirá que as esposas permaneçam como dependentes de seus maridos por até dois anos, mesmo que suas rendas anuais ultrapassem os ¥1,3 milhão.

Críticas e Perspectivas Futuras

No entanto, essas medidas têm enfrentado críticas por sua suposta falta de equidade, particularmente em relação aos cônjuges de trabalhadores autônomos que já estão pagando o seguro social.

O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão planeja realizar uma revisão completa do sistema, com o objetivo de criar um ambiente em que todos possam trabalhar sem a preocupação de se deparar com esses “limites salariais.”

Foto: PhotoAC

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