Política

Índice de desaprovação do governo de Kishida alcança 50% pela primeira vez desde dezembro

Desaprovação é devido a erros no My Number e liberação de água de Fukushima Daiichi

Apoio ao governo de Fumio Kishida cai para críticos 28%, mostra pesquisa
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Tóquio, Japão — Segundo dados de uma recente pesquisa de opinião conduzida pela agência Kyodo News neste domingo (20), o gabinete do primeiro-ministro Fumio Kishida enfrenta um índice de aprovação continuamente baixo, com apenas 33,6% de apoio. Pela primeira vez desde dezembro, o índice de desaprovação alcançou a marca de 50%.

O levantamento revelou que a liderança de Kishida em relação às preocupações em torno do programa “My Number” está sendo questionada por 79,8% dos entrevistados, devido aos vários equívocos observados na administração do cartão de identificação.

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Além disso, um impressionante número de 88% dos participantes demonstrou preocupações quanto aos possíveis impactos econômicos decorrentes do plano do governo de despejar água radioativa tratada no oceano, proveniente da usina nuclear de Fukushima Daiichi, que sofreu um desastre em 2011.

Hoje, o próprio Kishida visitou a usina nuclear, em preparação para a reunião ministerial agendada para a próxima terça-feira (22), na qual será definida a data para o início da liberação da água armazenada na instalação desde o acidente nuclear, que ocorreu há 12 anos devido a um tsunami.

Apesar de a medida ter recebido aprovação de especialistas de um organismo internacional, ela enfrenta forte oposição por parte de pescadores e nações vizinhas.

O plano em questão envolve a liberação no mar da água contaminada, proveniente do processo de resfriamento do combustível derretido do reator na usina de Fukushima Daiichi.

Essa água passou por um sistema de tratamento líquido que remove a maioria dos radionuclídeos, exceto o trítio. No entanto, os recipientes de armazenamento estão próximos da capacidade máxima.

O trítio, embora seja considerado menos prejudicial do que outros elementos radioativos, como o césio e o estrôncio, ainda suscita preocupações consideráveis. As inquietações em relação ao potencial impacto ambiental e à segurança alimentar continuam a gerar debates intensos em torno do plano do governo japonês.

Foto: Reprodução

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