Washington, D.C. – Em uma decisão inovadora, a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos concedeu aprovação na quinta-feira (11) ao Brexpiprazol (4578.T) da Otsuka Pharmaceutical para o tratamento da agitação em pacientes com doença de Alzheimer. Isso marca o primeiro medicamento aprovado para essa indicação, conforme relatado pela empresa em comunicado à imprensa.
A aprovação segue um voto favorável de 9 a 1 de um painel consultivo em abril, que concluiu que a empresa havia fornecido dados suficientes para demonstrar que os benefícios do tratamento superam os riscos para a população de pacientes identificada.
Indivíduos com doença de Alzheimer frequentemente apresentam sinais de agressão extrema ou agitação, à medida que o cérebro perde sua capacidade de processar novos estímulos devido à progressão da doença. Atualmente, estratégias não farmacológicas são inicialmente empregadas nos Estados Unidos para acalmar esses pacientes, sendo o uso de antipsicóticos e antidepressivo reservado para cenários mais graves.
A aprovação do Brexpiprazol é baseada em dois estudos avançados que demonstraram uma melhora significativa na calma de pacientes agitados com Alzheimer em comparação com um placebo.
O Brexpiprazol, co-desenvolvido com a empresa farmacêutica dinamarquesa Lundbeck (HLUNb.CO), já havia sido aprovado nos Estados Unidos para o tratamento do transtorno depressivo maior e esquizofrenia em adultos.
Angelini investe no desenvolvimento de tratamento para epilepsia
Roma – A Angelini, um conglomerado industrial italiano, planeja investir até US$ 505,5 milhões para apoiar o desenvolvimento de um novo tratamento para epilepsia pela empresa japonesa JCR Pharmaceuticals. O tratamento tem a capacidade única de penetrar na barreira hematoencefálica.
A JCR Pharmaceuticals desenvolveu uma tecnologia de barreira hematoencefálica chamada J-Brain Cargo, que permite que biofármacos alcancem o sistema nervoso central por meio de um mecanismo conhecido como transcitose mediada por receptor.
Após a conclusão da fase de desenvolvimento pré-clínico, a Angelini Pharma receberá uma licença exclusiva para realizar o desenvolvimento clínico de candidatos terapêuticos e sua comercialização fora do Japão.
Em troca, a JCR receberá uma quantia inicial e poderá receber pagamentos adicionais com base em marcos acordados e conquistas comerciais. A JCR também terá direito a royalties crescentes e manterá o direito de comercializar a droga no Japão.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, a epilepsia afeta mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo, conforme relatado pelas duas empresas.
Sob a liderança do CEO Sergio Marullo di Condojanni, o Grupo Angelini tem se concentrado em saúde mental e distúrbios neurológicos, especialmente a epilepsia.
Em 2021, a Angelini Pharma finalizou um acordo de 960 milhões de euros para adquirir a empresa suíça Arvelle Therapeutics e comercializar o cenobamato, uma molécula para o tratamento de convulsões de início focal resistentes a medicamentos em adultos, em toda a Europa.
Com receitas de aproximadamente 1 bilhão de euros, a Angelini Pharma representa mais da metade do faturamento total do grupo, que chega a 2 bilhões de euros.
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