Tóquio, Japão — Em uma iniciativa conjunta para fortalecer a segurança econômica e competir com a China em tecnologia avançada, o Japão e a União Europeia (UE) assinarão um memorando de entendimento para ampliar a cooperação no setor de semicondutores.
O objetivo principal é estabelecer um sistema de alerta antecipado que permitirá o compartilhamento rápido de informações, visando evitar interrupções nas redes de fornecimento. Fontes do governo japonês confirmaram essa importante parceria.
Nesta terça-feira (4), o ministro da Economia, Comércio e Indústria do Japão, Yasutoshi Nishimura, e o comissário europeu para Mercado Interno, Thierry Breton, estarão presentes para formalizar a assinatura do memorando. O acordo marcará um marco significativo na busca pela estabilidade e colaboração entre as duas potências.
O sistema de alerta antecipado, fruto desse memorando, tem como propósito permitir que o Japão e a União Europeia ajam prontamente diante de possíveis interrupções nas redes de fornecimento, compartilhando informações essenciais.
Ambos os parceiros pretendem abordar a escassez de materiais relacionados aos semicondutores, desenvolvendo em conjunto um mecanismo eficiente para mitigar quaisquer problemas.
É importante destacar que os semicondutores são componentes indispensáveis em diversos produtos, desde computadores pessoais até automóveis. No entanto, o Japão depende significativamente das importações provenientes de Taiwan e de outras regiões para suprir grande parte de sua demanda interna.
Paralelamente a essa colaboração internacional, a Rapidus Corp., empresa japonesa, está focada em produzir semicondutores de última geração, conhecidos como geração de nanômetro 2.
Esses chips possuem potencial para impulsionar a inteligência artificial e os supercomputadores, ampliando ainda mais o leque de aplicações dessas tecnologias.
Com a assinatura desse memorando, o Japão e a União Europeia reforçam sua parceria estratégica para enfrentar os desafios e assegurar um suprimento estável de semicondutores, fortalecendo assim sua posição na indústria de tecnologia global.
A iniciativa demonstra o compromisso dessas nações em promover a segurança econômica e avançar juntas na era digital.
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