O Ministério da Defesa do Japão está considerando a implantação de mísseis hipersônicos até 2030 como forma de aumentar seu poder de intimidação, além de intensificar sua capacidade de contra-ataque, informou o jornal de negócios Nikkei nesta quinta-feira (3).
Ainda de acordo com a notícia, o Ministério busca recursos como forma de contrapor as forças na região, já que a invasão da Rússia à Ucrânia mudou o ambiente de segurança global e a série de lançamentos de mísseis da Coreia do Norte e os movimentos militares da China ameaçam o Japão.
Os mísseis hipersônicos podem voar pelo menos cinco vezes mais rápido que a velocidade do som e em uma trajetória complexa e difícil de interceptar, segundo a reportagem.
O Japão também planeja revisar sua estratégia de segurança nacional, bem como outros itens importantes de defesa até o final do ano. Sua posição sobre as capacidades de contra-ataque e mísseis hipersônicos podem estar entre os pontos a serem revistos, segundo o Nikkei.
Uma ideia é que o Japão poderia implantar mísseis de longo alcance em três estágios: primeiro ao obter o Tomahawk, fabricado nos Estados Unidos e que aumentaria suas capacidade de contra-ataque.
O Japão também poderia atualizar os mísseis terra-navio Tipo 12 para um segundo estágio, estendendo seu alcance para mais de 1.000 km (600 milhas) dos atuais menos de 200 km (60 milhas), disse o Nikkei. Adotar o míssil hipersônico, provavelmente, seria o terceiro estágio, completou.
Separadamente, o jornal Asahi informou, também nesta quinta-feira (3), que o Japão estava considerando desenvolver uma versão lançada por submarino de seu míssil anti-navio Tipo 12, que seria mais difícil para qualquer adversário detectar.
O Japão já disse que pretende estender o alcance dos mísseis terrestres como parte de uma nova estratégia para dar aos seus militares a capacidade de atingir alvos distantes tanto no mar quanto em terra.
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