TÓQUIO, JAPÃO — O início de maio traz consigo uma notícia preocupante para os consumidores japoneses. Segundo um levantamento divulgado pela empresa de pesquisas Teikoku Databank nesta terça-feira (30), os preços de 417 produtos estão em ascensão. Esta é uma mudança significativa em relação ao ano anterior, onde 837 itens viram seus preços ajustados.
O aumento médio nos preços é de 31%, marcando a maior alta desde 2022. Isso afeta principalmente o setor de alimentos e bebidas, com 195 principais fabricantes sentindo o impacto.
A Teikoku Databank alerta que até 15.000 produtos podem ter seus preços elevados ao longo deste ano. Uma das razões para isso é a desvalorização do iene em relação ao dólar, tornando as importações mais caras.
Especialistas afirmam que se o dólar se manter acima de ¥155 por um período prolongado, uma onda de aumentos de preços poderá ocorrer já neste outono.
Entre os produtos afetados neste mês está o azeite, cujos preços devem subir consideravelmente devido a uma fraca colheita de azeitonas. O Grupo Nisshin Oillio anunciou um aumento de até 50% no preço do Azeite Virgem Extra Bosco 456 gramas.
Além disso, os preços dos produtos domésticos da J-Oil Mills estão previstos para aumentar entre 32% e 66%, enquanto as bebidas também não escapam dos reajustes.
Por exemplo, a Kirin Beverage aumentará o preço sugerido de varejo de seu chá Gogo no Kocha, de 1,5 litro, de ¥400 para ¥432, enquanto a cidra Mitsuya de 1,5 litro, da Asahi Soft Drinks, passará de ¥400 para ¥421.
Diante desses aumentos, os consumidores japoneses estão se preparando para um impacto significativo em seus bolsos, enquanto as empresas buscam equilibrar seus custos e manter a competitividade em um mercado em constante mudança.