Tóquio, Japão — Em uma recente pesquisa conduzida pela Rohto Pharmaceutical e divulgada pela Jiji Press, foi constatado um fenômeno marcante na sociedade japonesa: 55,2% dos japoneses solteiros, com idades entre 18 e 29 anos, expressaram que “não desejam ter filhos”.
Os resultados, coletados em 2023, destacam uma mudança significativa nas atitudes em relação à parentalidade em comparação com anos anteriores.
De acordo com dados anteriores, a opção “sim” para ter filhos superava consistentemente a marca de 50%, chegando a atingir até 55% entre 2020 e 2022. Por outro lado, a preferência por não ter filhos se mantinha entre 40% e 45% durante esse período.
No entanto, a pesquisa mais recente revelou uma inversão notável. Quase 60% dos homens entrevistados indicaram que “não desejam ter filhos”, enquanto cerca de 51% das mulheres compartilharam da mesma opinião.
Uma análise mais detalhada dos dados revela nuances interessantes. Em anos anteriores, a maioria dos homens entrevistados expressava o desejo de ter filhos, com 2021 marcando um quase empate técnico entre os sexos.
Entre as mulheres que afirmaram não querer filhos, 25% afirmaram que estão mantendo aberta a possibilidade de ter filhos, enquanto uma em cada cinco demonstrou interesse em congelamento de óvulos como uma opção futura.
Além disso, a pesquisa apontou desafios significativos para aqueles que decidiram ter filhos. Cerca de 68,8% das 500 mulheres entrevistadas, com idades entre 18 e 44 anos e que já tiveram filhos, relataram que engravidar foi mais difícil do que esperavam.
Outras 58,4% expressaram que teria sido melhor começar a tentar engravidar mais cedo.
Esses resultados fornecem uma visão profunda das mudanças nas perspectivas e experiências dos jovens japoneses em relação à parentalidade, destacando um padrão de preferências e desafios emergentes na sociedade contemporânea.
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