Política

Kishida pede por mais abrigos e melhorias nas condições pós-terremoto em Ishikawa

Fumio Kishida destaca necessidade de priorizar vulneráveis e aloca fundos para apoio às vítimas

Kishida pede por mais abrigos e melhorias nas condições pós-terremoto em Ishikawa
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Ishikawa, Japão — O primeiro-ministro Fumio Kishida, em pronunciamento nesta terça-feira (9), ressaltou a urgência na criação de mais abrigos para os afetados pelo recente terremoto em Ishikawa.

Kishida enfatizou a importância de melhorar as condições de vida dos desabrigados o mais rápido possível, sugerindo a utilização de instalações públicas e alojamentos turísticos para mitigar as precárias condições de higiene, conforme reportado pela NHK.

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O líder japonês enfatizou a necessidade de priorizar a transferência para abrigos daqueles mais vulneráveis, incluindo pessoas com doenças, idosos, mulheres grávidas e outros grupos em situações delicadas.

Kishida também propôs o envio de mais especialistas em saúde para os abrigos, além da aceleração na distribuição de equipamentos de aquecimento e produtos sanitários.

Alocando recursos para a causa, o primeiro-ministro aprovou a destinação de 4,74 mil milhões de ienes (33 milhões de dólares) dos fundos de reserva do orçamento fiscal de 2023. Esses recursos serão empregados para apoiar as vítimas do terremoto na Península de Noto, incluindo medidas específicas para enfrentar as condições adversas do clima frio.

Kishida informou ainda sobre planos do governo central de aumentar os fundos de reserva no projeto de orçamento para o próximo ano fiscal de 2024, começando em abril, elevando-os dos atuais 500 mil milhões de ienes para financiar os esforços de recuperação de desastres.

Operação de busca nos escombros

A polícia da província de Ishikawa iniciou uma operação de busca em grande escala nos destroços de um mercado destruído por um incêndio em Wajima, após o terremoto de magnitude 7,6 no primeiro dia do ano, conforme divulgado pela Kyodo News.

O mercado, um ponto turístico popular devido aos seus mais de 1.000 anos de história, teve cerca de 200 edificações totalmente destruídas pelo fogo.

Até o momento, o número de mortos em Ishikawa chega a 202, com pelo menos 565 pessoas gravemente feridas. As autoridades ainda buscam informações sobre o paradeiro e as condições de segurança de 102 pessoas desaparecidas. Além disso, 1.425 edifícios foram danificados pelo terremoto.

Desafios nos centros de evacuação

A situação dos mais de 28 mil desabrigados em centros de evacuação é motivo de preocupação. Apesar do gradual envio de ajuda, como água, alimentos e banheiros portáteis, as condições mentais e físicas das pessoas estão se deteriorando.

Surgiram casos de infecções por coronavírus nesses locais, enquanto outras 3.300 pessoas, especialmente em Wajima e Suzu, permanecem isoladas devido aos danos nas estradas causados pelo tremor.

Mais de 80 escolas, incluindo Wajima e Suzu, ainda não puderam retomar as aulas devido às instalações danificadas. As demais, que não foram afetadas, já reiniciaram as atividades escolares.

Foto: Reprodução

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