Maebashi, Japão — Em um marco histórico, os vietnamitas assumiram a liderança como o grupo de residentes estrangeiros mais numeroso na província de Gunma, deixando os brasileiros para trás pela primeira vez.
Os dados mais recentes, divulgados pelo jornal Jomo e pela emissora NHK nesta quarta-feira, revelaram que, até 31 de dezembro de 2023, a comunidade vietnamita contava com 14.012 pessoas, representando um aumento significativo de 17,7% em relação ao ano anterior.
Desde 1990, os brasileiros ocupavam o topo como a maior comunidade estrangeira em Gunma, mantendo essa posição por 33 anos consecutivos.
No entanto, o crescente número de vietnamitas na região, impulsionado pela chegada de estagiários técnicos e indivíduos com status de residência de “Habilidade Específica nº 1” do Vietnã, após o alívio das restrições de viagem devido à pandemia de Covid-19, culminou nesse momento histórico.
O total de residentes estrangeiros em Gunma atingiu um novo recorde pelo segundo ano consecutivo, com 72.315 pessoas de 115 países e regiões, representando 3,8% da população total da província. Isso ressalta a crescente diversidade étnica e cultural da região.
As autoridades locais de Gunma expressaram seu compromisso em trabalhar em estreita colaboração com o governo nacional, municípios e empresas para garantir a integração e a adequação no emprego dos estrangeiros na região, promovendo assim um ambiente inclusivo e acolhedor para todos os residentes.
Principais comunidades estrangeiras em Gunma (segundo dados de 31 de dezembro de 2023):
- Vietnam: 14.012 pessoas (aumento de 17,7%)
- Brasil: 13.063 pessoas (aumento de 3,1%)
- Filipinas: 8.897 pessoas (aumento de 6,8%)
- China: 6.894 pessoas (aumento de 3,9%)
- Peru: 4.760 pessoas (aumento de 1,1%)
Cidades com maior população estrangeira:
- Isesaki: 15.183 pessoas (aumento de 8,1%)
- Ota: 13.533 pessoas (aumento de 11,9%)
- Maebashi: 8.652 pessoas (aumento de 13,7%)
- Oizumi: 8.306 pessoas (aumento de 1,1%)
Esse marco na demografia de Gunma não apenas reflete a mudança nas dinâmicas de imigração, mas também destaca a importância da diversidade e da colaboração intercultural na construção de uma sociedade mais inclusiva e vibrante.
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