Tóquio, Japão — No rastro do terremoto que atingiu o Japão no primeiro dia deste ano, importantes empresas como Toshiba, Murata Manufacturing e outras estão agora em processo de recuperação, mas os desafios persistem na cadeia de abastecimento.
De acordo com informações divulgadas pelo Nikkei Asia, as fábricas estão gradualmente retomando a produção, mas os impactos do desastre natural ainda deverão ser sentidos por um período significativo.
Na última quinta-feira (4), três unidades da Murata em Toyama e Fukui conseguiram retomar a produção, enquanto cinco outras fábricas em Fukui e Ishikawa estão programadas para voltar à atividade de maneira escalonada.
No entanto, as duas fábricas da Murata em Nanao e Anamizu, localizadas próximas ao epicentro do terremoto de 1 de janeiro, permanecem com as operações suspensas, aguardando avaliação completa dos danos.
O presidente da Murata, Tsuneo Murata, afirmou na sexta-feira que “provavelmente levará algum tempo para retomar as operações nessas duas fábricas”, mas assegurou que o fornecimento aos clientes será mantido e que não há grande impacto na taxa operacional da fábrica de capacitores cerâmicos multicamadas.
A Toshiba também está se esforçando para se recuperar dos efeitos do terremoto. Na última sexta-feira (5), a empresa anunciou que retomará parcialmente a produção na unidade da Kaga Toshiba Electronics, em Nomi, província de Ishikawa, a partir de quarta-feira (10).
Esta subsidiária da Toshiba é responsável pela produção de semicondutores de potência, essenciais para veículos elétricos e trens. O presidente da empresa, Taro Shimada, declarou que “as medidas contra o terremoto foram eficazes” e que a produção será reiniciada em algumas linhas.
Enquanto isso, a Trust Pharmatech, subsidiária do Sawai Group Holdings, enfrenta adiamento na retomada das operações. Inicialmente prevista para quinta-feira, a retomada em três fábricas da empresa, que produz medicamentos para gota, foi adiada para pelo menos terça-feira (9).
Por fim, a Sanken Electric, uma empresa de semicondutores de energia, anunciou na sexta-feira que sua fábrica em Shika, localizada no epicentro do terremoto em Ishikawa, está atualmente sem eletricidade. A empresa está em negociações com a concessionária para restabelecer o serviço, mas o processo de avaliação dos danos deverá levar algum tempo.
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