Japão

Quase metade dos japoneses apoia flexibilização dos controles de fronteiras

A pesquisa de opinião foi realizada em conjunto com o Social Survey Research Center.

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Quase metade dos entrevistados de uma pesquisa nacional realizada pelo Mainichi Shinbun nos dias 22 e 23 de outubro disseram apoiar a flexibilização dos controles de fronteiras no Japão. Desde o dia 11 de outubro, o governo eliminou medidas de prevenção contra o coronavírus como o fim do limite diário de 50.000 entradas internacionais, restabeleceu as viagens sem vistos para dezenas de países e permitiu viagens individuais ou em grupo sem a necessidade de um itinerário pré-definido por uma agência de turismo japonesa. Mantém-se a necessidade de apresentação de um certificado de vacinação completa (três doses) ou um teste negativo para covid-19 coletado até 72 horas antes do embarque.

A pesquisa de opinião foi realizada em conjunto com o Social Survey Research Center. Com relação à flexibilização das restrições de entrada a partir de 11 de outubro, 49% dos entrevistados disseram que a medida era “razoável”, 13% disseram que “as restrições de entrada deveriam ser removidas completamente”, enquanto 27% disseram que elas foram “excessivamente facilitadas”. Neste último grupo, 10% corresponde a pessoas na faixa dos 30 anos ou menos, enquanto 30% corresponde a entrevistados na faixa dos 60 anos ou mais.

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Já quando questionados sobre o programa “National Travel Discount”, que visa estimular a demanda do turismo doméstico, 42% dos entrevistados disseram que apreciam o programa, enquanto 47% não apreciam. Mais de 50% das pessoas com até 30 anos disseram apoiar a iniciativa, enquanto 60% das pessoas com 70 anos ou mais disseram que não. O programa de descontos em viagens começou em 46 províncias do Japão no dia 11 de outubro, e em Tóquio em 20 de outubro.

Os entrevistados também foram questionados sobre o funeral de estado do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, realizado no dia 27 de setembro. A resposta mais comum foi a de que o funeral “não deveria ter sido realizado”, com 60%, seguido por 18%, que disseram foi “bom que tenha sido realizado” e 17%, que disseram que foi “problemático, mas melhor do que não realizar”.

Quando separado por idade, quase 50% das pessoas que possuem 30 anos ou menos disseram que o funeral de estado não deveria ter sido realizado, enquanto mais de 50% dos entrevistados com 40 anos ou mais foram contrários ao funeral. Já entre os com 60 anos ou mais a taxa de rejeição da cerimônia, financiada com impostos, foi de 70%.

Por fim, a taxa de apoio ao gabinete do primeiro-ministro, Fumio Kishida, foi de 27%, queda de dois pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, realizada entre os dias 17 e 18 de setembro. O índice de reprovação subiu um ponto, chegando a 65%.

A pesquisa foi realizada usando uma combinação de mensagens de texto para telefones celulares e questionários de voz automatizados em telefones fixos. Um total de 625 respostas válidas foram recebidas de telefones celulares, enquanto 426 foram enviadas de telefones fixos.

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