A polícia japonesa deixou neste domingo (16) a casa do suspeito do ataque com um artefato explosivo contra o primeiro-ministro Fumio Kishida, carregando com pelo menos 10 caixas contendo objetos confiscados.
Ryuji Kimura, 24 anos, de Kawanishi, província de Hyogo, é o principal suspeito de ter fabricado bombas caseiras para atacar o líder japonês enquanto este participava de uma campanha eleitoral em Wakayama no sábado (15).
Fontes investigativas disseram que os policiais apreenderam também o que parecia ser pólvora e um computador. Ainda na noite de sábado, a polícia havia pedido para os vizinhos de Kimura irem para um centro comunitário diante do risco de haver explosivos na casa do suspeito.
Antes do amanhecer deste domingo, os vizinhos foram autorizados a retornar para suas casas logo que as autoridades confirmaram que tudo estava seguro. A polícia disse que, além das aparentes bombas caseiras, Kimura tinha consigo uma faca no momento do ataque.
O objeto cilíndrico, que se acredita ser uma bomba caseira, foi lançado por Kimura e caiu perto do primeiro-ministro quando este estava prestes a iniciar um discurso para 200 pessoas no porto de pesca de Saikazaki, em Wakayama.
Uma pessoa perto dele viu e teve em vista afastar o objeto. Kimura então foi agarrado por um pescador e depois imobilizado por policiais.
Segundos depois houve uma explosão, com o cilindro ficando estilhaçando. O outro cilindro que estava com Kimura foi apreendido pela polícia.
Os investigadores disseram ter encontrado fios condutores em ambas as extremidades de um cilindro que se assemelha a um tubo de aço.
Isso os levou a acreditar que os objetos podem ser bombas de cano, com pólvora selada dentro. A polícia ainda está investigando se os dispositivos foram projetados para serem letais.
O premiê Kishida saiu ileso, mas um policial sofreu ferimentos leves no braço esquerdo. A polícia japonesa continua investigando o caso e espera descobrir se Kimura agiu sozinho ou se teve cúmplices.
Foto: Reuters