Tóquio, Japão — No intuito de enfrentar a escassez aguda de mão de obra, o governo japonês está preparado para expandir drasticamente o número de estrangeiros admitidos sob o visto de trabalhador qualificado, com planos de receber até 800.000 pessoas nos próximos cinco anos, informou uma fonte familiarizada com o assunto nesta terça-feira.
Segundo a fonte, o governo está considerando adicionar os setores de transporte rodoviário, ferroviário, florestal e madeireiro ao sistema de vistos, introduzido em abril de 2019.
A projeção para os próximos cinco anos, a partir de abril deste ano, é mais que o dobro dos até 345.150 trabalhadores que o governo esperava admitir até o final do ano fiscal de 2023, conforme estimativa feita quando o sistema foi criado.
Até o final de novembro do ano passado, havia cerca de 200.000 pessoas trabalhando sob o status de residente chamado Trabalhador Qualificado Específico No. 1, que atualmente abrange 12 setores, como construção e agricultura, por um período total de até cinco anos.
Enquanto isso, havia 29 titulares do status No. 2, que lhes permite trazer membros da família e não tem limite no número de vezes que podem renovar o visto.
Embora o número de estrangeiros com status de trabalhador qualificado tenha apresentado crescimento apenas modesto durante a pandemia de coronavírus, aumentou gradualmente devido principalmente a pedidos de estagiários técnicos.
Em sua revisão do sistema, o governo também planeja adicionar operações relacionadas a têxteis na indústria manufatureira, um setor já abrangido pelo programa.
Nos próximos cinco anos, o governo espera admitir cerca de 34.000 trabalhadores nos quatro novos setores em consideração para inclusão, com a projeção de que 24.500 trabalharão na indústria de transporte rodoviário, um setor que enfrentará escassez de mão de obra.
A indústria ferroviária deve receber 3.800 trabalhadores, enquanto 1.000 e 5.000 pessoas são estimadas para trabalhar nos setores florestal e madeireiro, respectivamente, disse a fonte.
O governo planeja tomar uma decisão até o final deste mês sobre a ampliação do escopo das indústrias.
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