O governo decidiu nesta terça-feira (28) suspender uma ordem de evacuação de parte de uma cidade que abriga uma usina nuclear danificada na província de Fukushima, permitindo que os moradores voltem para casa esta semana pela primeira vez desde o terremoto, tsunami e desastre nuclear de março de 2011.
De acordo com a Kyodo News, as proibições em uma zona especificada como uma base de reconstrução e revitalização em Okuma serão suspensas às 9h de quinta-feira (30), o primeiro caso desse tipo para um município que hospeda a usina Fukushima Daiichi da Tokyo Electric Power Company Holdings Inc., no nordeste do Japão.
“Acabar com as restrições em uma área, que costumava ser o centro (Okuma) antes do desastre, será um primeiro passo significativo na reconstrução”, disse o ministro da Economia, Comércio e Indústria, Koichi Hagiuda.
Segundo o ministro será criado um ambiente onde os moradores possam voltar para casa sem preocupações.
As restrições na zona de base especificada de reconstrução e revitalização da cidade de Futaba, que também abriga a usina Fukushima Daiichi, também devem terminar em breve.
Okuma será o segundo município da província de Fukushima, depois da vila de Katsurao, liberada para que as pessoas voltem para uma área antes designada como difícil de retornar devido aos altos níveis de radiação.
As restrições em parte da aldeia foram levantadas em 12 de junho.
Com o trabalho de descontaminação reduzindo os níveis de radiação e a infraestrutura sendo preparada em Okuma, as restrições terminarão na área de 8,6 quilômetros quadrados que já foi o centro da cidade.
Os moradores podem pernoitar na área desde dezembro, em preparação para seu retorno em grande escala.
Um total de 5.888 pessoas em 2.233 domicílios, representando cerca de 60 por cento da população da cidade, foram registrados como residentes da área na segunda-feira, segundo o governo da cidade de Okuma.
Três outros municípios onde os moradores ainda não podem retornar – Tomioka, Namie e Iitate – devem ver as restrições levantadas na próxima primavera.