Japão

Japão considerará adiar aumento de impostos sobre gastos com defesa para 2025

Manobra política para aumento de impostos, visando o incremento de gastos com defesa, pode ser postergada até 2025 ou além, em meio a preocupações com a economia japonesa

Japão considerará adiar aumento de impostos sobre gastos com defesa para 2025
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Tóquio, Japão — Segundo informações de um informante do partido governista, com conhecimento direto do assunto, o governo japonês está avaliando a possibilidade de adiar a implementação de um aumento de impostos, previsto para financiar um incremento nos gastos com defesa, para o ano de 2025.

A decisão de aumentar os impostos-chave para incrementar o orçamento de defesa foi acordada pela coalizão governamental em dezembro. No entanto, a forte oposição entre os legisladores acabou por postergar efetivamente uma decisão sobre quando implementar a medida impopular.

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A proposta de aumentar os impostos, sendo um desdobramento do compromisso do Primeiro-ministro Fumio Kishida de duplicar os gastos com defesa para 2% do Produto Interno Bruto até 2027, foi objeto de intenso debate entre os legisladores, que se opõem a aumentos de impostos de curto prazo que poderiam prejudicar a já frágil economia japonesa.

A administração de Kishida afirmou que o aumento de impostos será implementado “em um momento apropriado” em 2024 ou posteriormente.

O informante confirmou um relatório anterior da agência de notícias Kyodo, indicando que o plano de longo prazo do governo, que será divulgado ainda esta semana, incluirá uma cláusula que permite que o aumento de impostos seja adiado até 2025 ou mais tarde.

O adiamento sublinharia os desafios enfrentados por Kishida, que precisa equilibrar as prioridades conflitantes de restaurar as finanças públicas desgastadas do Japão e enfrentar os riscos geopolíticos de uma China assertiva e uma Coreia do Norte imprevisível.

Japão enfrenta dificuldades para garantir fontes de financiamento para o planejado gasto com defesa de 43 trilhões de ienes (309 bilhões de dólares) nos próximos cinco anos, o que poderia complicar ainda mais seu objetivo de equilibrar o orçamento — excluindo novas vendas de títulos e serviço da dívida — até o ano fiscal de 2025.

Foto: HANDOUT via REUTERS

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