Tóquio, Japão — O Japão alcançou um marco impressionante em sua arrecadação de impostos no último ano fiscal, encerrado em março passado, com um valor recorde de ¥71 trilhões, superando o montante de ¥67 trilhões em 2021, de acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (29) pelo jornal Yomiuri.
Pela primeira vez na história do país, a arrecadação de impostos ultrapassou a marca de ¥70 trilhões em um único ano, marcando o terceiro recorde consecutivo. Os três principais impostos no Japão são sobre a renda, consumo e corporativo.
Esse resultado expressivo foi impulsionado pela recuperação da economia após a redução dos impactos da pandemia do coronavírus. As empresas têm obtido lucros mais significativos e, como consequência, estão pagando mais impostos.
Além disso, o aumento dos preços dos produtos leva os consumidores a pagarem mais impostos ao adquirirem bens.
O Ministério das Finanças do Japão é responsável pelo cálculo da arrecadação de impostos anualmente. O governo previa que a arrecadação de 2022 seria de ¥68,3 trilhões, tornando o resultado uma surpresa positiva.
Devido a esse aumento na arrecadação, alguns membros do Partido Liberal Democrata (PLD), liderado pelo primeiro-ministro Fumio Kishida, estão solicitando o adiamento dos planos de aumento de impostos para financiar gastos militares adicionais.
O governo já indicou a possibilidade de adiar o aumento de impostos, inicialmente programado para começar após 2024, para uma data posterior a 2025. Essa medida visa equilibrar as necessidades orçamentárias do país diante dos recentes resultados surpreendentes na arrecadação de impostos.
Com uma economia em franca recuperação e uma arrecadação histórica de impostos, o Japão enfrenta novos desafios para manter seu equilíbrio financeiro e tomar decisões estratégicas em relação ao crescimento econômico e às demandas militares.
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