Ishikawa, Japão — Em uma reviravolta devastadora, as autoridades japonesas confirmaram que o tsunami resultante de um poderoso terremoto na península de Noto, na província de Ishikawa, e áreas adjacentes, causou a perda de cerca de 190 hectares de terra em três municípios.
Os dados governamentais, divulgados na última segunda-feira (15), pela Kyodo News, revelam a dimensão impactante desse desastre natural.
O número de vítimas fatais subiu para 222 na tarde de segunda-feira, duas semanas após o terremoto de magnitude 7,6 e intensidade máxima de 7, conforme anunciado pelo governo da província de Ishikawa.
As ondas do tsunami atingiram principalmente o lado nordeste da península, causando estragos nas cidades costeiras de Suzu e Noto, às margens do Mar do Japão. Casas e instalações portuárias foram gravemente danificadas, embora a extensão completa da destruição ainda não esteja totalmente clara.
Entre os 190 hectares afetados pelas ondas, encontra-se a cidade de Shika.
Em uma coletiva de imprensa, o secretário-chefe do Gabinete, Yoshimasa Hayashi, relatou que os quebra-mares foram danificados em pelo menos sete praias atingidas pelo tsunami.
O cálculo preciso da área afetada pelo tsunami foi baseado em imagens aéreas capturadas pelos helicópteros do Ministério da Terra e do governo da província, além de informações cartográficas fornecidas pela Autoridade de Informação Geoespacial.
Uma investigação conduzida pela Sociedade Japonesa de Engenheiros Civis revelou sinais de ondas de tsunami que alcançaram até 4 metros de altura em vários locais.
Ilha Mitsuke reduzida à metade após devastação
Além disso, uma ilha chamada Mitsuke, localizada ao largo da costa de Suzu, em Ishikawa, foi praticamente reduzida à metade de seu tamanho original pelo tsunami subsequente ao terremoto.
Reportagens do jornal Hokkoku destacam a destruição causada, indicando que a Mitsuke, que era um ponto turístico conhecido por seu formato peculiar em formato de navio, agora está irreconhecível.
O jornal utilizou um drone para capturar imagens da ilha, ou do que restou dela, evidenciando que a Mitsuke já vinha sofrendo com a erosão provocada pelas ondas e ventos. Partes da ilha já haviam desmoronado devido a terremotos anteriores, incluindo um em junho de 2022 e outro semelhante em 2023.
Foto: Reprodução/Kyodo
