Japão

Banco no Japão impede brasileira de cair em golpe do “falso noivo”

Após a descoberta do golpe, a vítima foi impedida de realizar a transferência de dinheiro

Banco no Japão impede brasileira de cair em golpe do "falso noivo"
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Shizuoka, Japão — Em um ato de vigilância e prevenção, o distrito de Shimizu, na cidade de Shizuoka, honrou o Fuji Shinkin Bank e suas funcionárias, Noriko Fushimi e Moeka Sawano, por sua rápida intervenção em um caso de “golpe do romance internacional”, evitando que uma cliente brasileira caísse na armadilha ardilosa. O reconhecimento foi concedido em uma cerimônia especial na segunda-feira (17), conforme relatado pelo Shizuoka Shimbun.

A história começou no dia 26 de abril, quando uma jovem brasileira, com idade entre 20 e 29 anos, visitou a agência de Kambara do Fuji Shinkin Bank, manifestando o desejo de transferir dinheiro para seu suposto noivo, alegando que ele residia na Faixa de Gaza e precisava urgentemente escapar dos conflitos para o Japão.

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Porém, a perspicácia das funcionárias do banco, Noriko Fushimi, vice-gerente da agência com 49 anos, e Moeka Sawano, responsável pelo atendimento ao cliente com 25 anos, logo levantou suspeitas sobre a transação.

Sensibilizadas pela história, elas decidiram abordar a cliente e, discretamente, solicitaram sua autorização para contatar as autoridades policiais. O movimento estratégico revelou-se decisivo, resultando na descoberta do golpe antes que a vítima efetuasse a transferência de dinheiro.

Em uma cerimônia realizada para homenagear a ação corajosa das funcionárias, o chefe de polícia, Masakatsu Suzuki, expressou sua gratidão ao Fuji Shinkin Bank e encorajou a instituição a manter a atenção redobrada aos clientes, uma vez que golpes semelhantes têm proliferado nos últimos tempos.

O “golpe do romance internacional” é uma tática insidiosa empregada por estelionatários que estabelecem conexões emocionais com indivíduos estrangeiros, frequentemente através de plataformas de redes sociais ou aplicativos de encontros.

Posteriormente, solicitam dinheiro ou bens valiosos, apesar de nunca terem se encontrado pessoalmente.

Os golpistas geralmente selecionam alvos aleatórios nas redes sociais, iniciam conversas aparentemente inofensivas e, com o passar do tempo, desenvolvem relações virtuais e amorosas, chegando até mesmo a mencionar casamento. Tudo isso faz parte de um ardil bem elaborado para enganar as vítimas e extorquir dinheiro delas.

Ao longo do processo, os estelionatários podem sugerir investimentos, propor a ideia de juntar dinheiro para o casamento ou criar narrativas convincentes para ludibriar suas presas. As solicitações de dinheiro começam geralmente com pequenas quantias, e, com desculpas convincentes, os valores vão gradativamente aumentando.

Diante dessa tendência alarmante, é imprescindível que instituições financeiras e autoridades permaneçam vigilantes e orientem seus clientes sobre os perigos potenciais. A atuação rápida e diligente das funcionárias do Fuji Shinkin Bank serve como exemplo inspirador na luta contra esse tipo de golpe.

Foto: Freepik

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