Tóquio, Japão — Um estudo recente realizado pelo governo metropolitano de Tóquio revelou que cerca de 30% dos residentes estrangeiros na cidade enfrentaram discriminação em relação à pandemia de COVID-19, conforme noticiado pelo jornal Yomiuri.
O governo de Tóquio conduziu a pesquisa online entre 1º de junho e 21 de junho, recebendo respostas válidas de 2.000 residentes com idades entre 20 e 70 anos.
Dentre esse total, 30,5% dos participantes estrangeiros entrevistados admitiram ter enfrentado discriminação devido à situação da COVID-19. Esse número foi significativamente maior do que os 4,2% revelados em uma pesquisa abrangendo todos os habitantes de Tóquio realizada em fevereiro.
Os entrevistados relataram situações em que foram tratados como responsáveis pela disseminação do vírus devido ao seu status estrangeiro (50,7%). Além disso, 37% reclamaram de explicações pouco claras em hospitais e outros locais simplesmente por serem estrangeiros. Outros 33,8% afirmaram terem sido acusados por outras pessoas de não tomarem precauções adequadas para evitar a propagação do vírus.
O estudo demonstrou que 44,2% dos entrevistados procuraram um hospital quando suspeitaram ter contraído o vírus. Dentro desse grupo, 42,5% afirmaram ter tido dificuldades de comunicação eficaz no atendimento, enquanto 31,7% expressaram incerteza sobre se o seguro cobriria os custos do tratamento. Além disso, 31% estavam em dúvida sobre qual hospital procurar.
Residentes estrangeiros foram afetados pela pandemia de outras formas também: 50,6% relataram não ter conseguido retornar aos seus países de origem devido a controles de fronteira mais rigorosos, e 32,7% revelaram uma diminuição ou cessação de sua renda relacionada ao trabalho.
O governo de Tóquio acredita que uma proporção substancial de residentes estrangeiros tomou medidas ativas para conter a disseminação do vírus.
Um representante do governo destacou que os residentes estrangeiros “superaram juntos a pandemia do coronavírus” com os demais residentes. Eles enfatizaram a intenção de seguir políticas que permitam a todos, independentemente da nacionalidade, levar uma vida confortável e tranquila.
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